Alimentação e saúde mental

Cada vez mais estudos evidenciam a importância de um padrão alimentar saudável na melhora da saúde e prevenção de doenças. De modo interessante, esse estudo avaliando os dados de mais de 500 mil indivíduos que moram na Inglaterra evidenciaram a relação entre alguns alimento a qualidade do sono e a saúde mental. Após análises, foi observado que o maior consumo de frutas, vegetais, peixes, água e fibras foi associado à melhora de sono e de saúde mental. Por outro lado, o maior consumo de carnes processadas e leite foi associado à piora de sono e de saúde mental. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta e esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória autoimune incurável que leva à desmielinização no sistema nervoso central. Essa doença afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. A maior parte das pessoas começarão com uma esclerose múltipla do tipo remitente-recorrente, onde as recaídas ou exacerbações são seguidas por perí­odos de recuperação. Em alguns casos, a doença segue um curso progressivo desde o início, sem momentos de recuperação. Como não tem cura, o tratamento farmacológico é baseado em sintomas e costuma ter vários efeitos colaterais. E ai entra a Nutrição. Algumas estratégias alimentares parecem melhorar a qualidade de vida desses pacientes, na tentativa de não evoluir a doença tão rápido. Embora ainda sejam necessários mais estudos, essa revisão de 2019 aborda os principais alimentos que devem ser evitados e aqueles que devem ser incluídos na alimentação. Após revisar 32 estudos, os autores colocam que os principais alimentos que devem ser diminuídos da dieta são: alimentos com gordura saturada, açúcar, leite e glúten. Por outro lado, deve-se aumentar o consumo de frutas, verduras, alimentos ricos em fibras, ômega-3 e vitamina D. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure um para orientá-lo melhor e analisar seu caso individualmente.

 

Alimentos e depressão

Se você acompanha meus postes já sabe que vários nutrientes são importantes para diminuir e/ou ajudar no tratamento da depressão. Para conseguir todos esses nutrientes, precisamos de uma alimentação adequada e equilibrada. Esse artigo de 2018 elege os principais alimentos de origem vegetal e os principais de origem animal pensando nesses nutrientes importantes para a depressão. Os autores colocam que dos alimentos vegetais, destacam-se as folhas verdes, pimentas e as brássicas (ex.: brócolis, couve, couve-flor, nabo, rabanete, couve de Bruxelas, etc.). Já os principais destaques dos alimentos de origem animal são os frutos do mar em geral e as carnes orgânicas. Porém, vale a pena lembrar que já falamos de vários outros alimentos importantes e que uma alimentação desse ser individualizada. Por isso, o mais importante é você procurar um nutricionista para orientá-lo melhor.

Dieta e menopausa

A menopausa indica o término da fase reprodutiva da mulher. Entrar na menopausa muito cedo pode aumentar o risco de osteoporose, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, depressão e morte prematura. Mas você sabia que alguns hábitos alimentares podem ajudar a diminuir a chance de menopausa precoce? Nesse estudo publicado em 2018, após acompanhar 914 mulheres por 4 anos, foi demonstrado que:

– O consumo de óleo de peixe atrasou em 3,3 anos/porção/dia o início da menopausa;

– O consumo de legumes frescos atrasou em 0,9 anos/porção/dia o início da menopausa;

– O consumo de macarrão e arroz refinados adiantou em 1,5 anos/porção/dia;

Ou seja, mudanças alimentares podem predizer a idade da entrada da menopausa. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Peixe e osso

A osteoporose é um grande desafio para a saúde pública, especialmente em uma população que está envelhecendo. E pode trazer várias consequências… incluindo um risco aumentado de fraturas ósseas. Mas você sabia que hábitos alimentares pode melhorar o osso?? Nesse estudo publicado agora em 2018 foi demonstrado que, em mulheres de 70-74 anos, o consumo de peixes (50 g/1000 kcal) e de peixes magros (50 g/1000 kcal) foi positivamente associado com a densidade mineral óssea do pescoço do fêmur, o que significa uma melhora do osso e menos risco de osteoporose. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Dieta e sêmen

O número de homens com piora da fertilidade e da qualidade do sêmen vem aumentando nos últimos anos. Vários fatores podem estar correlacionados com isso, incluindo fatores dietéticos. E é sobre isso que essa revisão publicada esse ano fala. Os autores colocam que os principais alimentos que melhoram a qualidade do sêmen são as frutas, verduras e peixes. Isso porque esses alimentos tem fitoquímicos, micronutrientes e ômega-3. Por outro lado, os principais alimentos que pioram a qualidade do sêmen são as carnes vermelhas, em especial as carnes processadas e leite integral, principalmente devido a quantidade de gordura saturada nesses alimentos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina D nos alimentos

Há nove resenhas de artigos aqui no Nutrir com Ciência relatando a importância da vitamina D, seja para prevenção, manutenção ou tratamento de diversas condições clínicas.

Sabemos que a forma predominante de obtermos vitamina D é através do sol. Mas com a proximidade do inverno e uma menor incidência de raios solares associada a uma menor exposição da nossa pele, sua produção diminui! Justamente na época em que seus estoques adequados (já descritos em nosso site) devem estar ideais, visto que sua carência está associada ao enfraquecimento das defesas do organismo, o que impacta em uma incidência maior de infecções respiratórias, como pneumonia e bronquite, comuns nessa época do ano.

Apesar da menor quantidade, também podemos encontrar vitamina D nos alimentos:

  • 100g de cavalinha grelhada = 352UI,
  • 100g de salmão grelhado = 284UI,
  • 100g de sardinha enlatada = 184 UI,
  • 100g de atum enlatado = 144 UI,
  • 100g de cogumelo shitake = 100 UI,
  • 100g de fígado de boi = 36 UI,
  • 1 ovo de galinha = 20 UI.
  • Leite e derivados e algumas frutas também são fonte, mas em quantidades muito pequenas.

Lembrando que, de maneira geral, a ingestão diária deve ser de, no mínimo, 400UI/dia. Sendo assim, outra solução a ser considerada é a suplementação, para isso procure orientação profissional de um nutricionista.

Por: Bruna Deolindo Izidro.

Alimentos e doença cardiovascular

A morte por doenças cardiovasculares (DCV) está cada vez mais comum. Por outro lado, fatores de vida, incluindo a nutrição, tem um papel relevante na prevenção e tratamentos das DCV. Nessa revisão de 2018 os autores pontuam que os principais alimentos que parecem ter um efeito cardioprotetor são: oleaginosas e sementes, frutas (romã, cítricos, maçã, berries, uvas) e verduras, peixes e produtos marinhos, chá verde, chocolate amargo, açafrão da terra, alho e café. Mas lembra-se, antes de tornar essa informação um senso comum, procure um bom nutricionista. Ele vai orientar o que é melhor para você!

Dieta e depressão

A importância da alimentação é um assunto recorrente aqui. Tanto para prevenção quanto para tratamento de várias doenças. Nessa meta-análise publicada em 2018, os autores avaliaram um série de artigos sobre alimentação e prevenção de depressão. Após análises, 4 pontos foram de maior importância para diminuir o risco de depressão:
1. Dieta estilo mediterrânea;
2. Dieta com menor índice de inflamação;
3. Maior consumo de peixes;
4. Maior consumo de vegetais;
Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Peixes e metal pesado

Há poucos dias conferimos aqui no Nutrir com Ciência, o efeito na melhora da aprendizagem, memória e atenção quanto ao consumo de peixes, no mínimo 2 vezes por mês. Embora já conhecemos seus inúmeros benefícios à saúde, visto ser uma ótima fonte de proteína de alto valor biológico, ômega 3, vitaminas e minerais, certos tipos de peixe tendem a ter um acúmulo de contaminação por metais pesados, como mercúrio, chumbo, arsênio e cádmio, sendo, inicialmente causador de danos digestivos e a longo prazo, prejudicial por sobrecarregar o trabalho hepático e atrapalhar o funcionamento equilibrado do organismo.

A maioria dos peixes é contaminado por seu habitat: a água, cujos dejetos industriais, mineração, entre outros tipos de poluição são depositados.

Os níveis destes metais pesados diferem bastante entre as espécies, principalmente no quesito “peixes predatórios”, ou seja, aqueles maiores que comem outros peixes e estão no topo da cadeia alimentar, possuem maior tendência a ter acúmulo de metais pesados, como Cação, Pescada branca, Tainha, Cavala, Garoupa, Arenque, Peixe espada e Panga. Já os peixes mais seguros para consumo são: Salmão selvagem, Sardinha, Truta, Pintado, Merluza, Linguado e Anchova. Outros não citados são considerados de média contaminação, também viáveis ao consumo. Aproveite esta época mais propícia, o início do verão, para desfrutar, agora “com ciência”, dos benefícios e sabor deste rico alimento!

Por: Bruna Deolindo Izidro.