Licopeno e pele

Licopeno e pele - Luana Manosso

Hoje se fala muito no conceito de beleza de dentro para fora. Que é você nutrir o seu corpo e isso se repercutir em beleza. Que é o que eu e a colega nutricionista e esteticista Sheila Mustafa acreditamos e colocamos em prática na pós-graduação de Saúde da Mulher e estética que coordenamos.

Hoje, para exemplificar, trago um estudo publicado agora em 2023 que avaliou os efeitos do licopeno na melhora de parâmetros da pele. (Referência: Tarshish, E.; Hermoni, K. J Cosmet
Dermatol. 2023 Mar 1. doi: 10.1111/jocd.15650.). Porém, vale destacar que, embora esse estudo tenha utilizado licopeno via suplementar, estudos mais antigos já demonstraram efeitos benefícios do licopeno sendo administrado via alimentação (molho de tomate). Ou seja, tanto alimentação, quanto suplementação parecem ajudar.

O que será usado no seu caso? Um Nutricionista capacitado será capaz de avaliar. E se você for nutri e não se sente capacitado, te convido para conhecer a nossa pós-graduação em Nutrição da Saúde da Mulher e Estética.

Vitamina A e pele

Pensar em pele vai muito além de beleza. Uma das funções da pele é de defesa contra micro-organismos. Mas você sabe o que a vitamina A tem a ver com isso? Os autores dessa revisão de 2021 abordam os pontos mais relevantes sobre o assunto. Primeiro, a vitamina A é importante para auxiliar na imunidade da pele, em especial pela sua ação nos mastócitos (célula envolvida do sistema imune inato) e nas células de Langerhans (que são células apresentadoras de antígenos na pele). Além disso, a vitamina A pode influenciar na microbiota da pele e na proliferação adequada dos queratinócitos (principal célula que forma a camada mais externa da pele – epiderme). Por fim, a vitamina A também parece ajudar a diminuir a expressão dos TLR (receptores que estão associados à inflamação). Ou seja, temos vários benefícios da vitamina A para a pele. Você ingere quantidades adequadas dessa vitamina na dieta? Será que você precisa de um suplemento? Procure um nutricionista para avaliar o seu caso e fazer os ajustes necessários.

 

Pele e alimentação

O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo, que sofre influência de fatores internos e externos. Enquanto alguns hábitos alimentares contribuem para melhorar a saúde da pele, outros podem estimular o envelhecimento. E é sobre isso que essa revisão aborda. Os autores colocam que para melhorar a pele, é importante ajustar a quantidade de água ingerida, bem como a quantidade de proteínas. Dos micronutrientes, os autores citam, em especial, zinco, cobre, ferro, selênio, vitaminas A, B, C, D e E. Além disso, o artigo aborda a importância de consumir alimentos risco em polifenóis, ômega-3 e tomar cuidado com o excesso de gordura, açúcar, álcool e cigarro. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Q10 e rugas

Mês passado, falei sobre a importância de alguns antioxidantes para melhorar a pele e diminuir o envelhecimento. Hoje, trago para vocês esse estudo realizado com mulheres de 40 a 65 anos de idade, no qual foi administrado placebo ou um suplemento contendo coenzima Q10 (50 mg), colágeno hidrolisado (4 g), vitamina C (80 mg), vitamina A (920 mcg) e biotina (150 mcg) por 12 semanas. Depois desse período, foram feitas análises que demonstraram que o suplemento diminui as rugas, aumentou a quantidade de colágeno na derme e melhorou a maciez da pele. Entretanto não foram observadas melhoras significativas na hidratação e nem na viscoelasticidade da pele. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada no seu caso!

Antioxidante e pele

Conforme os anos passam, nossa pele vai se modificando. Vários fatores contribuem para a piora da pele, deixando ela mais seca, com menos elasticidade, menos firmeza, mais rugas, etc. Uma das coisas de mais piora esse quadro de envelhecimento é o estresse oxidativo. Por outro lado, apostar em uma dieta antioxidante pode ajudar.  Em alguns casos, suplementos também podem ser interessantes. Nesse estudo publicado em 2020, os autores fizeram um suplemento antioxidante a avaliaram vários parâmetros relacionados com a pele. O suplemento tinha vitamina C, E, D, A, selênio, licopeno, luteína, extrato de Camellia sinensis (chá verde), extrato de Polipodium leucotomus e extrato de Vitis vinifera (uva). Esse suplemento foi administrado por 12 semanas em pessoas com 40-65 anos de idade. Após o período, foi observado que o suplementou aumentou a capacidade antioxidante da pele e melhorou a hidratação, o brilho e a elasticidade da pele. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Carotenoides e pele

Esse período do ano é um momento que várias pessoas gostam de ir para a praia e pegar um sol. Porém, o sol em excesso pode trazer vários malefícios para a pele. Por outro lado, alguns compostos presentes em alimentos podem ajudar a proteger e melhorar a pele. Com destaque para os carotenoides, em especial para o beta-caroteno, licopeno, luteína, zeaxantina e astaxantina. Diversos estudos mostram que aumentar o consumo desses carotenoides (alimentação e/ou suplementação) pode ajudar a proteger a pele dos efeitos maléficos induzidos pelo sol, além de melhorar a hidratação, diminuir rugas, melhorar a elasticidade, entre outros benefícios. Não sabe onde tem ou como incluir os carotenoides na sua alimentação? Procure um nutricionista. Ele vai te ajudar!

 

Melasma e zinco

Melasma é uma hipermelanose adquirida comumente na pele exposta ao sol, particularmente na face, que se apresenta como máculas e manchas simétricas, de cor clara-cinza-acastanhada. Por outro lado, sabe-se que o zinco é importante para várias questões envolvendo a pele. Mas não existia estudos relacionando o zinco com melasma. Mas agora esse ano, foi publicado esse artigo avaliando justamente isso. E sabe o que os autores observaram? Que pessoas com melasma tinham níveis séricos de zinco menores do que as pessoas sem melasma. Mas isso não quer dizer que o baixo nível de zinco é que causa o melasma e nem que todos os pacientes vão ter deficiência desse mineral. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente, fazer ajustes na dieta e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.

Alimentos para proteger a pele

Se você acompanha meus posts, sabe que eu já falei sobre a ação de vários nutracêuticos para a melhora da pele. A maioria deles focando em diminuição de estresse oxidativo na pele, diminuindo os danos ocasionados pelos raios ultravioletas. Nessa revisão publicada esse ano, os autores discutem sobre o papel de alguns alimentos, fitoterápicos ou fitoquímicos presentes em alimentos na diminuição do estresse oxidativo e proteção da pele. Dentre eles, os autores destacam o papel dos polifenois do chá verde, polifenois da semente de uva, quercetina, sulforafano (das brássicas – brócolis, couve, couve-flor, nabo, rabanete), aloe vera, curcumina (do açafrão da terra), Sylibum marianum, Panax ginseng e própolis. Embora ainda sejam necessários mais estudos, esses alimentos e compostos tem demonstrado um possível papel na prevenção de danos ocasionado a pele. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Sol, mitocôndria e pele

Uma das coisas que mais envelhece a pele é a exposição solar. O principal malefício do sol é a geração de estresse oxidativo, que, por vários motivos, vai estimular o envelhecimento cutâneo. Nessa revisão publicada em 2018 os autores abordam a relação do sol com a disjunção mitocondrial gerando envelhecimento da pele. De forma resumida, o sol vai aumentar radicais livres e diminuir a resposta antioxidante, gerando estresse oxidativo. Esse estresse oxidativo causará dano no DNA da célula e da mitocôndria, gerando disfunção mitocondrial. Com isso, ocorrerá dano celular e mais estresse oxidativo, envelhecendo a pele. Vale lembrar que algumas estratégias nutricionais podem ajudar no equilíbrio da pele. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Astaxantina e Pele

A astaxantina é um carotenoide encontrado principalmente em crustáceos e outros frutos do mar, como camarão, lagosta, salmão, etc. Inúmeros estudos mostram os benefícios da astaxantina para a saúde. Nessa revisão publicada em 2018 os autores investigaram o papel da astaxantina em alguns parâmetros da pele. De forma interessante, a astaxantina tem a capacidade de diminuir as rugas, diminuir a inflamação e o estresse oxidativo da pele (o que diminuiria riscos de doenças de pele e de câncer) e melhorar a hidratação e a elasticidade da pele. Para obter esses efeitos, a dose utilizada nos estudos variam de 2-12 mg/dia por 4 a 12 semanas. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!