Microbiota e Pele

Durante a última década, os cientistas fizeram grandes progressos na compreensão do papel do microbioma na saúde humana. A maioria dos estudos se concentrou no microbioma do intestino, mas recentemente pesquisadores voltaram sua atenção para outros microbiomas, incluindo o da pele. Essa publicação de 2017 fez uma revisão sobre a influência do microbioma na saúde da pele. Após a revisão, os autores colocam que, de acordo com a qualidade desse microbioma da pele, ele pode influenciar em várias situações, incluindo: acne, envelhecimento/rugas, psoríase, dermatite atópica / eczema, dermatite seborreica, vitiligo, rosácea, câncer de pele, entre outras. Procure um bom dermatologista e um bom Nutricionista para ajudá-lo a modular essas situações.

Melissa e pele

A Melissa officinalis é um fitoterápico bem fácil de encontrar e muito utilizado pelos Brasileiros!! O uso mais comum da melissa é para ajudar a “acalmar”, diminuir a ansiedade, melhorar o sono e a cognição. Mas você sabia que o chá (infusão das folhas) de melissa também pode trazer benefício para a pele?? Nesse estudo publicado esse ano, 28 pessoas de 31-65 anos receberam 1 xícara por dia de infusão de Melissa officinalis (3,3 g de folha em 200 mL de água) por 6 semanas. Após análise estatística dos resultados, foi demonstrado que o consumo de apenas 1 xícara de chá por dia já foi suficiente para melhorar a elasticidade da pele nas mulheres depois de 6 semanas de uso! Avaliando os possíveis mecanismos de ação, os autores também evidenciaram que a melissa foi capaz de diminuir processos de glicação, diminuindo a chance de formar os AGEs – produtos finais de glicação avançada (que é um dos fatores que piora/envelhece a pele). Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Cogumelos e pele

Quem não quer manter a pele mais saudável e com aparência mais jovem??!! E você sabia que a sua alimentação pode influenciar nisso? Esse estudo publicado em 2017 investigou se o consumo de cogumelos em indivíduos com mais de 65 anos influencia na geração de produtos finais de glicação avançada (AGEs) na pele. A formação de AGEs está associada com várias doenças, bem como o envelhecimento da pele. Dessa forma, estratégias nutricionais para diminuir a formação de AGEs podem ser interessante pensando tanto em manutenção da saúde, quanto em melhora de várias doenças e melhora da pele. De forma interessante, os resultados desse estudo mostraram que os indivíduos que consumiam mais cogumelos (mais de 15,7 g/dia) tinham menos formação de AGEs na pele quando comparado com os indivíduos que consumiam menos cogumelos. Vale destacar que o estudo foi realizado com apenas 39 pessoas. Sendo assim, mais estudos são necessários para se ter uma total clareza do efeito. Mas, sabendo disso, vale a pena inserir o cogumelo no dia-a-dia! Além disso, vale lembrar que não adianta adicionar cogumelos na dieta e o resto da alimentação continuar inadequada. Vários outros fatores alimentares podem influenciar na formação dos AGEs. Por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Dieta e Pele

Quem não quer ficar com a pele jovem, menos envelhecida?? Para diminuir o envelhecimento da pele, vários fatores são importantes. Essa revisão de 2017 comenta de alguns desses fatores! Questões não nutricionais como a exposição solar e poluição ambiental pioram muito a pele, por gerarem estresse oxidativo (que é o que mais envelhece a pele). Mas a alimentação também pode influenciar na pele, principalmente por aumentar ou diminuir o estresse oxidativo. Excesso de gordura, por exemplo, aumenta o estresse oxidativo, envelhecendo mais a pele. Por outro lado, algumas vitaminas e carotenoides, presentes em alguns alimentos, ajudam a diminuir o estresse oxidativo, diminuindo o envelhecimento cutâneo. Dentre eles, destacam-se:

* Vitamina A e beta caroteno: presentes em frutas e vegetais alaranjando e verdes escuros como por exemplo: cenoura, batata doce, abóbora, manga, couve, etc;

* Vitamina C: presente em alimentos como acerola, camu-camu, laranja, caju, pimentão amarelo e vermelho, goiaba, kiwi, brócolis, etc;

* Vitamina E: presente em alimentos como óleos vegetais, amêndoa e outras oleaginosas, semente de girassol, gema de ovo, abacate, vegetais folhosos escuros, etc;

* Licopeno: presente em alimentos vermelhos, como tomate, goiaba vermelha, melancia, mamão, pimentão vermelho, etc.

Para saber a melhor forma de consumir esses alimentos para aproveitar esses compostos, procure seu nutricionista!

Intestino e eczema

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O eczema é uma doença inflamatória crônica da pele, que normalmente acomete as crianças no primeiro ano de vida. Além disso, é caracterizado como um forte preditor para o desenvolvimento de rinite alérgica e asma. Sabendo que existe uma eficácia do tratamento de eczema com a utilização de probióticos como Lactobacillus e Bifidobacterium, esta publicação decidiu caracterizar a microbiota intestinal de crianças com eczema, e comparar com a microbiota de crianças saudáveis. Foi identificado a prevalência de 4 gêneros nas crianças saudáveis: Bifidobacterium, Megasphaera, Haemophilus e Streptococcus. Já nas crianças com eczema foram identificados outros 5 genêros: Escherichia/Shigella, Veillonella, Faecalibacterium, Lachnospiraceae incertae sedis e Clostridium XlVa. Além disso, nas crianças com eczema observou-se um aumento na Akkermansia muciniphila, que é uma bactéria associada com redução da integridade intestinal, propiciando uma maior translocação de proteínas alergênicas e, por consequência, aumentando o risco de eczema e inflamação. Vale destacar que alguns desses gêneros presentes em crianças com eczema são fortemente associados com inflamação, como por exemplo, o Faecalibacterium. Essa observação torna a alteração da microbiota um fator de risco para a incidência desta doença, e a modulação da composição bacteriana intestinal uma estratégia de tratamento. Procure um nutricionista para lhe orientar como modular essa microbiota intestinal!

Chocolate e rugas

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Boa parte da população se preocupada com o aparecimento das RUGAS!!! A exposição solar é uma das principais causas do envelhecimento da pele. Mas você sabia que o consumo de alguns alimentos pode ajudar a diminuir as rugas e prevenir o envelhecimento cutâneo??!! Um desses alimentos é o chocolate! Notícia boa para os chocólatras, não?! Entretanto, o benefício está na presença do cacau! Nesse estudo, publica em 2016, demonstrou que o consumo de 12 g de cacau em pó (contendo 320 mg de flavonoides totais do cacau) por 24 semanas em mulheres com a pele já envelhecida diminuiu as rugas, melhorou a elasticidade da pele e aumentou a dose mínima de raios UVB para causar eritema. Ou seja, protegeu a pele e diminuiu as rugas já formadas. Vale destacar que o consumo de chocolate também está valendo, desde que ele tenha alta concentração de cacau. Prefira chocolates com pelo menos 70% de cacau!! Outra dica bem importante é a quantidade de açúcar presente no chocolate. O açúcar piora o envelhecimento da pele, logo, fique de olho na quantidade de açúcar que o chocolate possui (LEIA O RÓTULO). Quanto a dose que você pode consumir ao dia, procure um nutricionista para lhe orientar melhor de acordo com seu plano alimentar.