Obesidade e SOP

A contribuição da obesidade para a síndrome do ovário policístico (SOP) ainda é controversa. Nesse artigo publicado em 2019, os autores fizeram uma grande análise avaliando a relação entre obesidade, variações genéticas e SOP. Após análises, foi observado que a cada aumento em um desvio padrão no IMC foi associado a 4,89 vezes mais risco de SOP. Além disso, foi demonstrado que a associação do polimorfismo no gene FTO (rs1421085) com o IMC foi mais forte em mulheres com SOP do que nas mulheres controle. Por outro lado, o risco genético de SOP não influenciou o IMC. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Complexo B e enxaqueca

A enxaqueca é uma doença neurovascular complexa e é uma consequência de uma interação entre fatores genéticos, epigenéticos e ambientais. Um dos genes mais estudados para a enxaqueca é o gene que codifica a enzima MTHFR, envolvida no metabolismo do ácido fólico e da homocisteína. Após fazer uma revisão sobre o assunto, os autores desse artigo de 2019 colocam que é interessante avaliar a presença o polimorfismo na MTHFR (C677T), bem como os níveis de homocisteína em paciente com enxaqueca, em especial enxaqueca com aura. Nesses casos, o uso de vitaminas do complexo B, em especial ácido fólico, B12 e B6 poderia ser interessante. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Glutationa e neurodesenvolvimento

O excesso de mercúrio é tóxico para o cérebro. Por outro lado, uma das substâncias que ajudam a metabolizar o mercúrio é a glutationa. Porém, algumas pessoas podem ter polimorfismos nos genes da glutationa. Esse estudo de 2018 avaliou a presença desses polimorfismos nas grávidas e a repercussão no neurodesenvolvimento do bebê. Após análises, foi demonstrado que as mulheres com polimorfismo na glutationa (GCLC rs761142 TT) tinham níveis aumentados de mercúrio no cabelo. Já os filhos das mulheres com o polimorfismo (GSTP1 rs1695 alelo G) tinham um menor desenvolvimento mental. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação um senso comum, procure um nutricionista.

Polimorfismo e emagrecimento

Várias estratégias que auxiliam a prática clínica do nutricionista têm surgido nos últimos anos, e uma delas é a detecção de risco para algumas doenças e condições clínicas a partir de exames genéticos. Mas será que esse tipo de abordagem gera resultados para os pacientes? E principalmente, será que essa informação de risco genético para doença gera um efeito maior do tratamento proposto? Foi buscando por essa resposta que essa publicação de 2017 avaliou o resultado do tratamento de emagrecimento em indivíduos com alteração no gene FTO (associado a obesidade) que sabiam dessa alteração, compararam com aqueles que portavam essa alteração, mas não foram informados, e com indivíduos sem essa alteração. Os autores avaliaram o peso e a circunferência da cintura (CC), além da genotipagem, e concluíram que ocorreu uma redução maior de peso e CC no grupo que foi informado sobre a presença da alteração genética, e que não houve nenhuma evidência clara de que o conhecimento do risco desempenhou um papel importante para esse resultado! Além disso os autores observaram um aumento da prevalência de obesidade nos indivíduos que tinham a alteração gênica, quando comparado com os indivíduos que não apresentavam essa alteração. Ou seja, mesmo sendo uma avaliação de risco, nos pacientes do estudo esse risco se expressava em alteração clínica! Mas lembre-se, antes de tornar essa informação um senso comum, consulte o seu nutricionista!