Esteatose hepática e microbiota

A esteatose hepática não alcoólica é definida como um acúmulo de gordura no fígado. Questões de estilo de vida tem um papel muito importante nessa doença, incluindo exercício físico e alimentação. Além disso, vários estudos tem sugerido o envolvimento da microbiota intestinal na saúde hepática. Por um lado, a disbiose intestinal parece estar envolvida no desenvolvimento e/ou progressão da esteatose hepática. Por outro lado, diversos estudos utilizando probióticos ou simbióticos (probiótico + prebiótico) demostram benefícios dessas estratégias para o fígado, incluindo diminuição das transaminases, diminuição da inflamação e até mesmo, uma melhora na esteatose hepática. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Licopeno, chocolate e intestino

Modular o intestino é muito importante. E a microbiota intestinal sofre influência da alimentação. Alguns alimentos são considerados prebióticos, que vão servir de alimentos para as “bactérias boas”, aumentando sua quantidade no intestino. De modo interessante, esse estudo avaliou o impacto do consumo de licopeno e de chocolate amargo na microbiota de indivíduos adultos com obesidade moderada. Foram administradas 2 doses diferentes de licopeno (7 ou 30 mg) e 10 g de chocolate amargo (70% cacau). Após análises, foi observado que o grupo que recebeu licopeno, aumentou Bifidobacterium adolescentis e Bifidobacterium longum. Já o grupo que recebeu chocolate amargo, aumentou Lactobacillus. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Probióticos, simbióticos e inflamação

Várias doenças crônicas estão associadas com um aumento de inflamação, desde diabetes, obesidade até depressão e Alzheimer. Por outro lado, a alimentação tem um papel bem importante para diminuir a inflamação. Além disso, o papel do intestino também é relevante. Nessa revisão sistemática e meta-análise publicada em 2019, os autores investigaram o papel dos probióticos e simbióticos (probióticos + prebióticos) em marcadores inflamatórios em pessoas saudáveis e em algumas doenças. Após análises, foi observado que em doenças, a suplementação com probióticos ou simbióticos pode diminuir marcadores de inflamação, em especial a PCR (proteína C reativa) e o TNF-α (fator de necrose tumoral α). Já em pacientes saudáveis, o efeito na diminuição da inflamação é mais leve. Porém, mais estudos clínicos são necessários para avaliar se da para generalizar esses efeitos para todas as pessoas ou não. Mas o que não se tem mais dúvida é que manter o intestino funcionando de forma adequada e com uma microbiota saudável é sim muito importante para a saúde. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Simbiótico e SOP

Se você me acompanha já sabe que a alimentação pode influenciar na síndrome do ovário policístico (SOP). Além da alimentação, a microbiota intestinal também é muito importante. Nesse estudo publicado em 2019, os autores resolveram comparar 4 estratégias nutricionais em mulheres com SOP: 1) suco de romã + simbiótico; 2) suco de romã; 3) bebida simbiótica; 4) suco controle. Vale destacar que o simbiótico tinha: 3 cepas de probióticos com 108 UFC/mL e 20 g inulina/L. Cada grupo ingeriu 2 litros da bebida por semana, durante 8 semanas. Após esse período, os autores analisaram os efeitos das bebidas em vários parâmetros relacionados com a SOP. O que deu diferença significativa foi na melhora da resistência à insulina, diminuição da testosterona total, do peso e da circunferência da cincutura em dois grupos: no grupo que associou suco de romã com o simbiótico e no grupo que tomou apenas a bebida simbiótica. Ou seja, a modulação do intestino com probiótico e prebiótico já foi suficiente para melhorar alguns dos parâmetros envolvidos na SOP. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Prebiótico e osso

Mês passado falamos do intestino para a melhora do fígado. Mas os estudos mostrando os benefícios de modular o intestino não param. Nesse estudo de revisão publicado em 2018 os autores colocam o papel dos prebióticos (que funcionam como os “alimentos” para as bactérias do nosso intestino) no metabolismo ósseo. Os autores colocam que o uso de prebióticos pode melhorar o funcionamento intestinal, melhorar a microbiota e diminuir a permeabilidade intestinal e, tudo isso, contribui para diminuir a inflamação e melhorar o metabolismo ósseo. Além disso, os prebióticos ajudam a melhorar o metabolismo do cálcio, melhorando a absorção desse nutriente que é importante para a saúde óssea. Não sabe como adicionar probióticos no seu dia-a-dia?! Procure o seu nutricionista!