Dieta e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica. Ela é caracterizada por edema articular, sensibilidade articular, destruição das articulações sinoviais e inflamação sistêmica, causando, em última análise, incapacidade grave e maior risco de mortalidade prematura. Das estratégias não farmacológicas que estão sendo estudadas, podemos destacar a alimentação. Nessa revisão de 2020 os autores avaliaram o impacto da alimentação na inflamação e no intestino e esses efeitos na artrite reumatoide. Os autores colocam que uma dieta rica em ômega-3, polifenois, fibras e probióticos ajudam a diminuir a inflamação sistêmica e a modular a microbiota, ajudando a melhorar a função barreira do intestino. Isso por sua vez, pode ajudar a diminui alguns sintomas da artrite reumatoide. Porém, mais estudos ainda são necessários. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Probióticos, ômega-3 e inflamação

Uma inflamação de baixo grau crônica está associada a um risco aumentado de várias doenças, incluindo diabetes, obesidade, doenças neurológicas/psiquiátricas, doenças cardiometabólicas, etc. Essa inflamação pode ser oriunda de diversos locais, mas um destaque se faz para o papel do intestino. Enquanto uma má alimentação contribui para gerar uma disbiose, aumento de permeabilidade e mais inflamação intestinal e sistêmica, melhorar a alimentação e alguns suplementos podem auxiliar na melhora dessa inflamação. Esse artigo de revisão aborda o papel dos probióticos e do ômega-3 na inflamação. Os probióticos vão melhorar a diversidade da microbiota intestinal, melhorar a função barreira do intestino e, dessa forma, diminuir a permeabilidade do intestino, translocando menos LPS (que é um dos responsáveis por gerar essa inflamação de baixo grau). O ômega-3, além de conseguir modular o intestino e diminuir a inflamação local, também pode modular o sistema imunológico e vias de inflamação, diminuindo também a inflamação sistêmica. Sendo assim, por reduzir a inflamação, o uso de probióticos e de ômega-3 podem ser interessantes em várias situações e doenças. Procure seu nutricionista para orientá-lo melhor.

 

Fibromialgia e nutrição

A fibromialgia é uma síndrome multifatorial de etiologia desconhecida, caracterizada por dor crônica generalizada e várias manifestações somáticas e psicológicas. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar combinando estratégias farmacológicas e não farmacológicas. Das estratégias não farmacológicas, evidências recentes sugerem um benefício da nutrição. Embora ainda não podemos afirmar 100% alguma coisa, das principais estratégias suplementares que poderiam trazer benefício para a fibromialgia, os autores colocam a vitamina D, o magnésio, o ferro e o uso dos probióticos. Pensando em alimentação, incluir o azeite de oliva, ter uma dieta vegetariana ou seguir um estilo de dieta mediterrânea ou uma dieta baixo em FODMAP parecem aliviar os sintomas de fibromialgia. Além disso, também temos alguns estudos com dieta sem glúten, dieta sem aspartame e dieta sem glutamato monossódico. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Probióticos e depressão

Um grande número de evidências demonstra que o nosso cérebro se comunica com o nosso intestino e que um influencia no funcionamento do outro. Temos vários estudos mostrando que pacientes com depressão tem alteração na microbiota intestinal. Mas será que usar probióticos pode ajudar a melhorar sintomas depressivos? Nessa última revisão sistemática e meta-análise os autores mostram, mais uma vez, que os pacientes com alteração de humor têm sim mudanças na microbiota intestinal. Além disso, os autores também colocam que o uso de probióticos pode sim ajudar na diminuição dos sintomas depressivos. Mas ainda não podemos afirmar que uma cepa é melhor do que outra. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Alimentos e menopausa

A menopausa é diagnosticada clinicamente como uma condição quando uma mulher não menstrua há um ano. Durante o período de transição da menopausa, há um surgimento de vários distúrbios metabólicos lipídicos devido às alterações hormonais, como diminuição dos níveis de estrogênios. E se essas alterações perduram, elas podem aumentar o risco para o desenvolvimento de síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Por isso, fazer ajustes alimentares pensando em controlar essas alterações lipídicas é importante. E é sobre isso que essa revisão agora de 2020 fala, sobre alimentos e/ou suplementos que podem ajudar nesse controle. E os principais destaques que os autores fazem são para: alimentos antioxidantes (em especial frutas, verduras, chocolate, café, oleaginosas), alimentos ricos em fitoquímicos (frutas, verduras, temperos como cúrcuma, alho, cebola, chocolate, etc), alimentos com vitamina D, ômega-3 e uso de probióticos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Probióticos e refluxo

Nosso trato gastrointestinal possui uma diversidade enorme de micro-organismos. E modulá-los de forma adequada pode influenciar em várias problemas, incluindo o refluxo gastroesofágico, cujos dois principais sintomas são regurgitação e azia (queimação). Essa revisão publicada em 2020 avaliou o efeito dos probióticos nesse tipo de problema. Após analisar 13 estudos, os autores colocam que 79% dos estudos mostram que os probióticos melhoram sintomas de refluxo, incluindo regurgitação, azia e dispepsia. Alguns estudos usam cepas únicas, outros usam múltiplas cepas. Mas ainda não temos nenhum estudo mostrando que uma cepa é melhor do que outra. Ou seja, embora ainda exista necessidade de mais estudos, utilizar probióticos parece ser uma estratégia interessante. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Esteatose hepática e microbiota

A esteatose hepática não alcoólica é definida como um acúmulo de gordura no fígado. Questões de estilo de vida tem um papel muito importante nessa doença, incluindo exercício físico e alimentação. Além disso, vários estudos tem sugerido o envolvimento da microbiota intestinal na saúde hepática. Por um lado, a disbiose intestinal parece estar envolvida no desenvolvimento e/ou progressão da esteatose hepática. Por outro lado, diversos estudos utilizando probióticos ou simbióticos (probiótico + prebiótico) demostram benefícios dessas estratégias para o fígado, incluindo diminuição das transaminases, diminuição da inflamação e até mesmo, uma melhora na esteatose hepática. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Exercício e microbiota

A relação entre exercício físico e microbiota intestinal é complexa. Tanto o exercício pode influenciar na microbiota, quanto a função intestinal pode influenciar na saúde do atleta e na performance esportiva. Dessa forma, estudos investigando o papel da modulação da microbiota intestinal em atletas tem aumentado nos últimos anos. Essa revisão publicada esse ano discute justamente sobre isso. Os autores colocam que diferentes tipos de exercícios podem impactar na quantidade e variedade das bactérias intestinais. No caso de atletas, com alto grau de treinamento, existe risco maior de inflamação e disfunção na permeabilidade intestinal. Por outro lado, alguns estudos já demonstram que o uso de probióticos pode ajudar a diminuir esses sintomas, contribuindo para a saúde do atleta. Porém, ainda são necessários mais estudos para propor alguma dose ideal de probiótico e para estipular se existe alguma cepa mais importante do que outra. Mas uma coisa já se sabe, modular o intestino, direta ou indiretamente, vai trazer benefícios para atletas. E existem várias estratégias para fazer essa modulação intestinal. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Probióticos, simbióticos e inflamação

Várias doenças crônicas estão associadas com um aumento de inflamação, desde diabetes, obesidade até depressão e Alzheimer. Por outro lado, a alimentação tem um papel bem importante para diminuir a inflamação. Além disso, o papel do intestino também é relevante. Nessa revisão sistemática e meta-análise publicada em 2019, os autores investigaram o papel dos probióticos e simbióticos (probióticos + prebióticos) em marcadores inflamatórios em pessoas saudáveis e em algumas doenças. Após análises, foi observado que em doenças, a suplementação com probióticos ou simbióticos pode diminuir marcadores de inflamação, em especial a PCR (proteína C reativa) e o TNF-α (fator de necrose tumoral α). Já em pacientes saudáveis, o efeito na diminuição da inflamação é mais leve. Porém, mais estudos clínicos são necessários para avaliar se da para generalizar esses efeitos para todas as pessoas ou não. Mas o que não se tem mais dúvida é que manter o intestino funcionando de forma adequada e com uma microbiota saudável é sim muito importante para a saúde. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Simbiótico e SOP

Se você me acompanha já sabe que a alimentação pode influenciar na síndrome do ovário policístico (SOP). Além da alimentação, a microbiota intestinal também é muito importante. Nesse estudo publicado em 2019, os autores resolveram comparar 4 estratégias nutricionais em mulheres com SOP: 1) suco de romã + simbiótico; 2) suco de romã; 3) bebida simbiótica; 4) suco controle. Vale destacar que o simbiótico tinha: 3 cepas de probióticos com 108 UFC/mL e 20 g inulina/L. Cada grupo ingeriu 2 litros da bebida por semana, durante 8 semanas. Após esse período, os autores analisaram os efeitos das bebidas em vários parâmetros relacionados com a SOP. O que deu diferença significativa foi na melhora da resistência à insulina, diminuição da testosterona total, do peso e da circunferência da cincutura em dois grupos: no grupo que associou suco de romã com o simbiótico e no grupo que tomou apenas a bebida simbiótica. Ou seja, a modulação do intestino com probiótico e prebiótico já foi suficiente para melhorar alguns dos parâmetros envolvidos na SOP. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!