Carboidrato e proteína ao longo do ciclo menstrual

você sabia

No último post comentei que as mulheres precisam de 5% mais de calorias na fase luteal.

E os macronutrientes?

Alguns estudos sugerem que mulheres possuem maior necessidade de carboidratos durante a fase folicular e maior necessidade de proteínas durante a fase luteal.

Embora sejam necessários mais estudos, é importante ficarmos atentas as mudanças de necessidades ao longo da fase do ciclo menstrual da mulher.

Como somos complexas, não é mesmo?

Whey protein e diabetes

A presença de diabetes tipo 2 em pacientes idosos com obesidade acelera a perda de massa muscular com o envelhecimento. Além de trazer outros riscos para a saúde. A perda de peso nesses pacientes é muito importante. Porém, se não for bem orientada, essa perda de peso pode gerar muita perda muscular também. Nesse estudo publicado agora em 2021, os autores avaliaram 123 pacientes acima de 55 anos, obesos e com diabetes tipo 2 e investigaram o efeito de dois protocolos realizado por 13 semanas:

– Grupo 1: dieta hipocalórica + treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) + suplementação com whey protein (21 g de proteína, contendo 3 g de leucina + 9 g de carboidrato + 3 g de gordura + 800 UI de vitamina D).

– Grupo 2: dieta hipocalórica + HIIT + bebida controle isocalórica (com 25 g de carboidrato e 6 g de gordura).

Ou seja, os dois grupos treinaram (3 vezes na semana, por 1 hora) e fizeram dieta hipocalórica. A diferença foi que um grupo recebeu a bebida rica em proteína e o outro recebeu uma bebida controle (rica em carboidrato). A bebida foi ofertada todos os dias antes do café da manhã e nos 3 dias de treino, recebiam uma segunda dose após o treino. Ou seja, foram 10 doses por semana. Por 13 semanas. Após esse período, observou-se que os dois grupos tiveram perda de peso e diminuiu glicemia em jejum e HbA1c (já que ambos recebiam orientações de dieta hipocalórica e exercícios). Por outro lado, mudanças de hábitos associado à bebida com proteína exerceu efeitos benéficos na massa muscular (aumentou massa magra total) e ajudou mais no controle glicêmico, já que nesse grupo também houve diminuição de insulina em jejum e diminuição do HOMA-IR. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta e menarca

A menarca (primeira menstruação) precoce (antes dos 12 – 12,8 anos, dependendo da etnia) pode estar associada a um risco aumentado de algumas doenças, incluindo alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares. Mas você sabia que várias questões ambientais podem aumentar o risco dessa menarca precoce? E uma dessas questões ambientais é a alimentação e a quantidade de alguns macronutrientes. De forma bem interessante, essa meta-análise publicada agora de 2020 observou que alguns macronutrientes aumentam o risco e outros diminuem o risco de menarca precoce. Após análises, foi observado que uma dieta com aumento de calorias, aumento de ingestão proteica (em especial proteína animal) e aumento de PUFAs (ácidos graxos poli-insaturados, que incluem a família do w6 e w3) aumentam o risco de menarca precoce. Por outro lado, aumento de fibras e de MUFAs (ácidos graxos monoinsaturado, que incluem a gordura do azeite de oliva, abacate, etc) diminuem o risco de menarca precoce. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Whey em idosos

A deficiência de vitamina B12 é relativamente comum nos pacientes idosos (> 60 anos). Nesse estudo, os autores fizeram intervenção de 1 ano em idosos acima de 65 anos com 3 estratégias contendo quantidades diferentes de B12: whey protein (3,1 mcg de B12), colágeno (1,3 mcg de B12) ou maltodextrina (0,3 mcg de B12). De forma interessante, os idoso que receberam o whey protein por 1 ano tiveram seus níveis de B12 e de holotranscobalamina aumentados. Mas lembre-se, nenhuma estratégia é boa para todo o mundo. A conduta nutricional sempre deve ser feita de forma individualizada. Por isso, procure um Nutricionista.

Pele e alimentação

O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo, que sofre influência de fatores internos e externos. Enquanto alguns hábitos alimentares contribuem para melhorar a saúde da pele, outros podem estimular o envelhecimento. E é sobre isso que essa revisão aborda. Os autores colocam que para melhorar a pele, é importante ajustar a quantidade de água ingerida, bem como a quantidade de proteínas. Dos micronutrientes, os autores citam, em especial, zinco, cobre, ferro, selênio, vitaminas A, B, C, D e E. Além disso, o artigo aborda a importância de consumir alimentos risco em polifenóis, ômega-3 e tomar cuidado com o excesso de gordura, açúcar, álcool e cigarro. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Whey e saciedade

O controle da fome e saciedade é algo bem estudado e discutido. Inúmeros fatores podem influenciar nisso. Dos macronutrientes, temos um destaque especial para as proteínas. E dentre elas, alguns estudos investigam o papel do whey protein. Nesse estudo, publicado agora em 2020, os autores compararam o efeito do whey protein isolado e da maltodextrina (carboidrato) no efeito da fome e saciedade de 8 pacientes obesos. Os pacientes receberam a mesma quantidade calórica vinda que whey protein ou maltodextrina e avaliaram fome e saciedade 1h e 2h após ingestão. Uma hora após ingestão, o consumo de whey protein aumentou mais a saciedade e diminuiu mais a fome. Porém, 2h após, o resultado no controle de fome e saciedade foi similar para as duas estratégias. Entretanto, o consumo de whey protein também conseguiu aumentar os níveis de GLP-1 (peptídeo que ajuda a dar saciedade), enquanto que a maltodextrina não teve esse efeito. Vale destacar que o número de pessoas que realizou o estudo foi pequeno. Por isso, não saia usando suplemento sem orientação de um profissional. Procure seu nutricionista primeiro.

 

Macronutrientes e sono

O sono está envolvido na regulação metabólica, emocional e cognitiva e, portanto, é uma parte essencial da nossa saúde. Mas você sabia que os macronutrientes (proteína, carboidrato e gordura) podem influenciar na qualidade do sono? Essa revisão sistemática de 2020 investigou justamente isso. Embora ainda mais estudos sejam necessários, parece que aumentar a ingestão de proteínas está associado com melhor qualidade do sono. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Sono e criança

Uma alimentação adequada em crianças é de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento adequados. Outro ponto bem importante é ter um sono adequado, em quantidade (número de horas) e qualidade. E essas duas questões parecem estar relacionadas. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram o sono de crianças de 6-9 anos e a relação desse sono com ingestão calórica e de macronutrientes. Após análises, foi observado que as crianças que dormiam menos (< 7h por noite) tinham uma maior ingestão calórica, maior ingestão de gordura e maior ingestão de proteína. E isso a longo prazo poderia ser um fator de risco para obesidade. Por isso, melhorar a qualidade do sono e ajustar a alimentação são fatores bem importantes. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Ovos

O consumo de ovos na alimentação já gerou e gera ainda bastante polêmica. É o vilão? É o mocinho? Mas você sabe todos os nutrientes que o ovo tem? Entender os aspectos nutricionais dos ovos pode te ajudar a definir o quanto adicionar esse alimento na sua dieta. Essa revisão de 2019 aborda os principais aspectos nutricionais dos ovos.

Em relação aos macronutrientes, a clara do ovo tem aproximadamente 87,8% de água, 10,9% de proteína, 0,9% de carboidrato e 0,2% de gordura. Já a gema do ovo tem aproximadamente 55% de água, 15,5% de proteína, 1,1% de carboidrato e 26,7% de gordura. Se considerarmos 100 g de ovo, ele contem uma média de 12,5 g de proteína (100 g de gema tem em torno de 15,9 g e 100 g de clara tem em torno de 10,9 g de proteína). A quantidade de lipídeo total varia de 8,7 a 11,2 g por 100 g de ovo, sendo que a quantidade de ácidos graxos monoinsaturados é maior do que a de ácidos graxos saturados.

Além de macronutrientes, o ovo é cheio de micronutrientes, em especial na gema do ovo. A gema do ovo contém praticamente todas as vitaminas, exceto vitamina C. Vale a pena destacar a quantidade de colina, que é de cerca de 680 mg em 100 g de gema. Já a clara do ovo contém um pouco de vitaminas do complexo B, em especial B2, B3 e B5. A vitamina B3 é a única vitamina que tem mais na clara do que na gema do ovo. Em relação aos minerais e elementos traços, os ovos possuem cálcio, cobre, iodo, ferro, magnésio, manganês, fósforo, potássio, selênio, sódio e zinco. Desses, a maioria está presente na gema. A clara por sua vez, tem um pouco mais de magnésio, potássio e sódio.

Os ovos também possuem proteínas com ação antimicrobiana e imunomodulatórias. Ou seja, o ovo tem vários nutrientes importantes para a saúde. Mas lembre-se, o profissional mais habilitado para saber o quanto você deve ingerir de ovo é o nutricionista. Procure o seu.

Autista, alimentação e osso

É muito comum ver crianças com transtorno de espectro autista (TEA) se alimentando de forma inadequada. O problema é que essa alimentação ruim, além de causar deficiências nutricionais, também pode trazer outras consequências à saúde dessas crianças. Nesse estudo, os autores analisaram a adequação de calorias e macronutrientes da alimentação de crianças com TEA e viram que essas crianças tinham uma ingestão 16% menor nas calorias totais da dieta e 37% e 20% menor na ingestão de proteína e gordura, respectivamente. Ou seja, crianças com TEA se alimentavam, em especial, de maior quantidade de carboidratos. Além disso, os autores também fizeram análise de densidade mineral óssea e observaram que as crianças com TEA tinham uma menor densidade mineral óssea, sugerindo uma piora no osso dessas crianças. Embora não se posso ter certeza absoluta do motivo, o que se acredita é que essa piora no osso seja uma das consequências da alimentação inadequada dessas crianças. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!