Dieta inflamatória e intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é uma das desordens gastrointestinais funcionais mais comuns, apresentando sintomas como dor abdominal e mudanças nos hábitos intestinais. A etiologia não é totalmente elucidada, mas sabe-se que alguns fatores podem influenciar, como: suscetibilidade genética, sexo feminino, histórico familiar e fatores alimentares. Nesse estudo publicado agora em 2019, os autores avaliaram o efeito de uma dieta inflamatória no risco de desenvolver síndrome do intestino irritável. Essa dieta inflamatória é caracterizada por um alto consumo de industrializados, farináceos, gordura saturada, gordura trans, açúcares e pobre em fibras, gorduras insaturadas, fitoquímicos e micronutrientes. Após análises, foi observado que as pessoas com maior score de índice inflamatório da dieta possuem 36% mais risco de ter síndrome do intestino irritável. Se considerarmos apenas indivíduos com sobrepeso ou obesidade, aqueles com dieta mais inflamatória tem um risco 64% maior de ter síndrome do intestino irritável. Por isso, ajustar a dieta é muito importante. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

SII e alimentação

A síndrome do intestino irritável (SII) pode estar associada à várias questões fisiopatológicas, incluindo alteração da microbiota intestinal, inflamação de baixo grau e intolerância a alguns alimentos. Dieta com baixo FODMAP é uma das opções para tratar a SII. Diminuir glúten e leite também parece trazer benefícios. Mas nem todos os pacientes respondem igual a estratégias nutricionais. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram a associação entre a ingestão de alguns alimentos e a presença de sintomas da SII. Após análises, os autores observaram que as mulheres com SII que tinham hábitos alimentares irregulares tinham mais sintomas de SII do que as mulheres com hábitos alimentares regulares. Além disso, foi observado que quando as mulheres ingeriam menos cereais, açúcares e refrigerantes elas tinham menos sintomas do que as mulheres que ingeriam mais desses alimentos. Mas lembre-se, individualidade é muito importante. Por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

FODMAP e intestino

Ano passado já mencionei sobre dieta com pouco FODMAP auxiliando na melhora dos sintomas de síndrome do intestino irritável (SII). Esse ano, foi publicado essa meta-análise, em que foram analisados 9 estudos avaliando o efeito da dieta com pouco FODMAP em pacientes com SII. Após análises, foi confirmado que uma dieta com pouco FODMAP diminui os sintomas gastrointestinais associados à síndrome do intestino irritável, diminui dores abdominais e melhora qualidade de vida. Entretanto, 3 estudos evidenciaram que uma dieta com pouco FODMAP pode diminuir o conteúdo de bifidobacteria, o que não seria interessante. Além disso, os autores colocam a necessidade de avaliar esse tipo de dieta a longo prazo. Lembre-se, individualidade é MUITO importante. Um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada com você!

Fibras e intestino irritável

O consumo de fibras através da alimentação é uma questão que os nutricionistas sempre devem ficar atentos. O consumo adequado traz vários benefícios a saúde e pode ajudar a aliviar sintomas como os da síndrome do intestino irritável (SII). Nessa revisão de 2017 os autores discutem sobre os benefícios das fibras para a SII, seus possíveis mecanismos moleculares e alguns cuidados. Os autores colocam que as fibras podem aliviar os sintomas da SII, pelo menos em parte por influenciar na melhora no transito gastrointestinal, na melhora da microbiota intestinal e no sistema neuroendócrino (fibras podem influenciar na serotonina, PYY e GLP-1 produzidos no trato gastrointestinal e que influenciam no sistema neurológico). A recomendação é o consumo de 20-35 g de fibra por dia. E, se houver necessidade, os autores colocam que pode-se fazer suplementação (uma opção interessante seria com psyllium) desde que não seja introduzida muito rapidamente (pois pode piorar os sintomas de inchaço e gases). Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

FODMAP e instestino

A síndrome do intestino irritável (SII) é uma doença crônica intestinal que tem sintomas como dores abdominais e inchaço. Vários fatores podem contribuir para a SII, incluindo alteração na motilidade gastrointestinal, na comunicação cérebro-intestino, hipersensibilidade visceral, inflamação de baixo grau, fatores psicológicos, etc. Alterações na dieta estão sendo propostas para tratar a SII, e uma delas é a diminuição de alimentos com alto conteúdo de FODMAP. FODMAP é a sigla para monossacarídeo, dissacarídeo, oligossacarídeo fermentáveis e poliois. Os FODMAPs podem chegar ao cólon sem serem absorvidos, sendo fermentados pelas bactérias do cólon, o que gera gases, além de aumentar o conteúdo de água intestinal (devido o aumento da atividade osmótica). Dessa forma, esse estudo investigou se uma dieta sem FODMAP teria benefício para pacientes com SII. E comparou se uma dieta excluindo apenas cereais também influencia em algo. Para isso, 60 pacientes foram divididos em 2 grupos, recebendo 2 tipos de dieta: uma com exclusão de alimentos ricos de FODMAP (foram excluídos quase todos os cereais, principalmente com farinha de trigo, leite e derivados com lactose, adoçantes, mel, açúcar, suco de fruta e algumas frutas e vegetais) ou uma dieta sem cereais (a exclusão foi de todos os cereais e açúcares adicionados nos alimentos; mas leites, mel, e todas frutas e verduras foram permitidos). Após 3 meses de dieta, o grupo que diminuiu FODMAP melhorou mais da distensão abdominal e do inchaço quando comparado com o grupo que diminuiu apenas os cereais. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Qualquer tipo de exclusão dietética desse ser muito bem analisada para ver se existe mesmo essa necessidade e, se for necessária, deve ser acompanhada por um bom Nutricionista.