Magnésio e psiquiatria

O magnésio é um mineral com várias funções para o cérebro, incluindo síntese de neurotransmissores, transmissão e transdução de sinais intracelulares. Mas temos estudos em humanos que respaldam a importância do magnésio em transtornos psiquiátricos? Os autores dessa revisão encontraram estudos associando magnésio com depressão, transtornos de ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno e espectro autista, esquizofrenia e transtornos alimentares. Embora ainda existam dados controversos, os autores colocam que, possivelmente, o magnésio pode trazer efeitos terapêuticos para os transtornos psiquiátricos, em especial para a depressão. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina D, ômega-3 e TEA

O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um distúrbio complexo do neurodesenvolvimento com apresentação clínica e etiologia heterogêneas. Um crescente número de evidências demonstra que a inflamação é uma situação bem comum em crianças com TEA. Pensando nisso, esses autores avaliaram o impacto da suplementação (por 12 meses) com vitamina D (2000 UI/dia) isolada, ômega-3 (772 mg de DHA/dia) isolado, da associação de vitamina D + ômega-3 ou placebo em crianças com TEA (de 2,5 – 8 anos). Quando todas as crianças foram incluídas nas análises, quem recebeu ômega-3 ou a associação de ômega-3 + vitamina D melhorou apenas um dos sintomas avaliados (consciência). Por outro lado, quando apenas as crianças com mais inflamação foram avaliadas, observou-se vários resultados interessantes: ômega-3 sozinho melhorou a escala de sintomas gerais e melhorou o funcionamento comunicativo social e a consciência; vitamina D sozinha melhorou a consciência; e a associação de ômega-3 + vitamina D melhorou a consciência. Ou seja, crianças com mais inflamação se beneficiaram do uso de suplemento com ômega-3 e vitamina D. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! A conduta deve ser feita sempre de forma individualizada.

 

Transtorno de neurodesenvolvimento

A nutrição materna é super importante para o desenvolvimento cerebral do bebê. E isso ocorre tanto no período pré-concepção quanto durante a gestação. Por outro lado, alterações nesses períodos podem predispor a um risco de transtornos de neurodesenvolvimento, como o transtorno de espectro autista. Após uma varredura de mais de 2000 estudos, essa meta-análise avaliou 20 estudos associando a nutrição materna com o riso de transtorno de espectro autista. Após análises, foi observado que as mulheres que tinham mais ácido fólico e faziam o uso de suplementos multivitamínicos, tinham menos risco do bebê desenvolver transtorno de espectro autista. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Microbiota e autismo

Nós últimos anos tem surgido alguns estudos que sugerem que uma alteração na microbiota intestinal pode ser um dos fatores envolvidos no desenvolvimento do transtorno de espectro autista (TEA). Além disso, vários estudos mostram uma associação entre alteração da microbiota intestinal e sintomas neurocomportamentais em crianças com TEA. Pensando nisso, estudos tem investigado o papel da utilização de probióticos nessas crianças. Nessa revisão de 2019 os autores abordam a presença de disbiose em crianças com TEA e colocam que dentre vários mecanismos que podem estar associados com essa relação entre o intestino e o cérebro, o papel da inflamação, alteração na via da serotonina e alteração na formação de ácidos graxos de cadeia curta, que ocorre em situações de disbiose intestinal, são uns dos principais responsáveis por gerar alteração no cérebro de crianças com TEA. Além disso, os autores colocam que o uso de probióticos, em especial múltiplas cepas (incluindo Lactobacillus, Bifidobacterium e Coccus), pode ser uma estratégia interessante para auxiliar na melhora dos sintomas neurocomportamentais e alterações intestinais nas crianças com TEA. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Autismo e disruptor endócrino

Algumas evidências sugerem que a exposição aos poluentes ambientais pode estar associada aos distúrbios do neurodesenvolvimento, como o transtorno de espectro autista (TEA). Dentre esses poluentes ambientais, destacam-se os disruptores endócrinos, que estão presentes em produtos de limpeza, embalagens plásticas (inclusive de alimentos), alimentos com pesticidas/agrotóxicos, etc. Esses disruptores endócrinos podem alterar eixos endócrinos hormonais e isso pode estar associado com vários problemas de saúde. Nesse estudo, os autores avaliaram se esses disruptores endócrinos passam pela placenta da grávida, chegando ao bebê e se isso está associado com o risco de TEA. Após análises, foi observado a presença de metais pesados e alguns disruptores endócrinos no fluido amniótico, demonstrando que eles podem atravessar a placenta e chegar no bebê. Além disso, foi visto que ter menos disruptor endócrino estava associado com menor risco de TEA. Vale destacar que a suscetibilidade genética pode influenciar nas respostas aos tóxicos ambientais e contribuir para aumentar as vulnerabilidades da doença. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Autista, alimentação e osso

É muito comum ver crianças com transtorno de espectro autista (TEA) se alimentando de forma inadequada. O problema é que essa alimentação ruim, além de causar deficiências nutricionais, também pode trazer outras consequências à saúde dessas crianças. Nesse estudo, os autores analisaram a adequação de calorias e macronutrientes da alimentação de crianças com TEA e viram que essas crianças tinham uma ingestão 16% menor nas calorias totais da dieta e 37% e 20% menor na ingestão de proteína e gordura, respectivamente. Ou seja, crianças com TEA se alimentavam, em especial, de maior quantidade de carboidratos. Além disso, os autores também fizeram análise de densidade mineral óssea e observaram que as crianças com TEA tinham uma menor densidade mineral óssea, sugerindo uma piora no osso dessas crianças. Embora não se posso ter certeza absoluta do motivo, o que se acredita é que essa piora no osso seja uma das consequências da alimentação inadequada dessas crianças. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

NAC e autismo

O tratamento tradicional para melhorar sintomas comportamentais de crianças com transtorno de espectro autista (TEA) ainda é insatisfatório. Dessa forma, estratégias complementares são necessárias e vem sendo investigadas. Uma dessas estratégias é o uso da N-acetil-cisteína (NAC), que dentre vários mecanismos de ação, consegue diminuir o estresse oxidativo e modular a neurotransmissão glutamatérgica, pontos importantes para crianças com TEA. Nesse estudo publicado em 2018, os autores deram 500 mg/dia NAC ou placebo para crianças de 3-9 anos, por 24 semanas e investigaram o efeito na irritabilidade, agressividade, agitação e comunicação verbal. Após 6 meses de intervenção, as crianças que receberam NAC tiveram um aumento da tranquilidade / calma, uma diminuição da agressividade e agitação e melhora da comunicação verbal. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitaminas e autismo

Os transtornos de espectro autista (TEA) incluem vários transtornos relacionados com o desenvolvimento neurológico. Porém, os mecanismos fisiopatológicos ainda não são 100% entendidos e não existe um medicamento ideal! Por outro lado, várias questões nutricionais estão envolvidas! Esse artigo publicado em 2018 relacionou o papel de duas vitaminas em crianças com TEA. Após analisar mais de 300 crianças com TEA, os autores demonstraram que a deficiência de vitamina A e de vitamina D é mais prevalente nessas crianças do que nas crianças sem TEA. Além disso, as crianças que tinham deficiências das duas vitaminas ao mesmo tempo, tinham mais sintomas de TEA. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!