Triptofano e melhora do sono

triptofano e melhora do sono

Quando falamos em triptofano, logo nos vem em mente melhora de humor e de ansiedade.

Isso porque o triptofano é o precursor da serotonina. Porém, os benefício do triptofano para o cérebro Vão além.

Já temos meta-análise que evidencia que suplementar triptofano, em especial acima de 1 g/dia, pode ajudar a diminuir o tempo de vigília após pegar no sono.

Ou seja, diminui o tempo que a pessoa fica acordada durante a madrugada.
(Referência: Sutanto, C.N.; et al. Nutr Rev., 80(2):306-326, 2022.)

Mas lembre-se, nunca use suplemento sem acompanhamento de um profissional de saúde que entenda o que está fazendo.

Sono e alimentação

Ter uma boa qualidade do sono é essencial para a saúde. Essa boa qualidade do sono inclui, por exemplo: levar pouco tempo para iniciar o sono, acordar poucas vezes (ou não acordar) durante a noite e dormir de 7-9 horas. Ter uma boa “higiene do sono” é muito importante. Mas algumas questões nutricionais também podem influenciar. Nessa revisão publicada esse ano, os autores discutem sobre questões alimentares e melhora de sono. E o que os autores colocam como mais relevante para ter uma boa qualidade do sono é: ter carboidrato na dieta, consumir alimentos ricos em triptofano (ex.: leguminosas, oleaginosas, arroz, banana, aveia), e consumir alguns alimentos ricos de fitoquímicos e fitomelatonina. Nesse último ponto, o que temos mais de estudos são com a cereja. Mas existem vários outros alimentos interessantes. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Triptofano e humor

Ter sintomas de depressão e ansiedade é algo relativamente comum. Ainda mais nesses tempos de pandemia que estamos passando. Por outro lado, algumas estratégias nutricionais podem nos ajudar a melhorar o humor e diminuir a ansiedade. Nessa revisão sistemática publicada agora esse ano, os autores avaliaram os efeitos do triptofano para melhorar sintomas de depressão e ansiedade em pacientes saudáveis (ou seja, que possuem sintomas mas não tem a doença diagnosticada). Após revisar vários artigos, os autores colocam que o triptofano pode diminuir sintomas de depressão e de ansiedade em pacientes saudáveis. As doses dos estudos variam de 0,14 até 3 g/dia. Aqui, vale a pena destacar, que as doses mais baixas podem ser alcançadas via alimentação (principalmente através das leguminosas e oleaginosas). Mas, dependendo da gravidade dos sintomas, também podemos pensar em suplementação. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Fadiga em idoso

É muito comum idosos sentirem fadiga / cansaço. E isso pode ser ocasionado por diversas questões, incluindo deficiências nutricionais. E essa revisão fala justamente disso, de nutrientes importantes para ajudar na melhora da fadiga. Os autores colocam sobre a importância de ajustar na alimentação a quantidade de proteína e de ácidos graxos essenciais. Além disso, deficiências de algumas vitaminas, minerais e eletrólitos poderiam piorar a fadiga, por isso, é importante avaliar, em especial, vitamina C e as vitaminas do complexo B, sódio, magnésio e zinco. Por fim, os autores também colocam que carnitina, triptofano e coenzima Q10 também poderiam ser interessantes. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! A conduta sempre deve ser feita de forma individualizada.

 

Nutrientes e fadiga crônica

A síndrome da fadiga crônica é conhecida como uma doença multissistêmica e complexa, que induz à fadiga e à incapacidade a longo prazo em atividades educacionais, ocupacionais, sociais ou pessoais. Numerosos fatores, incluindo questões ambientais e imunológicas estão envolvidas nessa fadiga crônica. Nesse artigo de 2019, os autores colocam os principais nutrientes que quando estão em deficiência podem exacerbar a fadiga crônica, que são: vitamina C, vitaminas do complexo B, sódio, magnésio, zinco, carnitina, triptofano, ácidos graxos essenciais e coenzima Q10. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Individualidade é muito importante! Um bom profissional saberá a melhor conduta para o seu caso.

Triptofano e depressão

Vários fatores podem aumentar o risco de ter sintomas depressivos, inclusive fatores alimentares. Nesse estudo publicado agora esse ano, após analisar quase 8 mil mulheres (adolescentes e adultas), os autores mostraram uma associação inversa entre a ingestão de triptofano na dieta e o risco de ter  sintomas depressivos. Nas adolescentes, a ingestão acima de 744 mg/dia de triptofano na dieta foi associada com menos sintomas depressivos. Nas mulheres adultas, a ingestão mínima para diminuir risco de sintomas depressivos foi de 821 mg/dia. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.