A ingestão de vegetais riscos em nitratos (ex: aipo, agrião, beterraba, espinafre, alface, etc) é associada com melhora da função endotelial em humanos, e consequente ajuste na pressão arterial. Mas será que esse tipo de modulação pode interferir no risco de mortalidade associada à aterosclerose? E qual a quantidade de ingestão diária necessária para gerar esse benefício para a saúde humana? Foi a partir desses questionamentos que os autores dessa publicação de maio de 2017 acompanharam, durante 15 anos, 1226 mulheres com idade entre 70-85 anos sem aterosclerose e/ou diabetes, e avaliaram a ingestão de nitrato proveniente dos vegetais. A média de ingestão de nitrato diária foi de 67 mg/dia. Após análise estatística, foi evidenciado que a ingestão diária de nitrato foi inversamente proporcional a mortalidade associada à aterosclerose, ou seja, quanto maior o consumo de nitrato vindo de vegetais, menor o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares. Esses resultados comprovam o conceito de que a inclusão de vegetais fontes de nitrato em um plano alimentar equilibrado pode ajudar a reduzir o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares associadas à aterosclerose. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!