Vitaminas e a saúde óssea

Luana Manosso (1)

Quando pensamos em vitaminas e qualidade óssea, o mais comum entre os profissionais da saúde é pensar em vitamina D.

E sim, essa vitamina é muito importante para o osso. Mas as outras vitaminas também desempenham papel importante. Em uma revisão publicada agora esse ano, os autores abordam a importância de outras vitaminas, como vitamina A, E, K, C e as vitaminas do complexo B para a melhorar a saúde óssea e diminuir o risco de osteoporose.

Porém, vale lembrar que além das vitaminas, minerais, ajustes de macronutrientes e padrão alimentar também são importantes quando pensamos em osso.

Se quiser ler mais sobre o papel das vitaminas no osso, segue a referência: Skalny, A.V.; et al. Int J Mol Med., 53(1):9, 2024. doi: 10.3892/ijmm.2023.5333.

Pele e alimentação

O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo, que sofre influência de fatores internos e externos. Enquanto alguns hábitos alimentares contribuem para melhorar a saúde da pele, outros podem estimular o envelhecimento. E é sobre isso que essa revisão aborda. Os autores colocam que para melhorar a pele, é importante ajustar a quantidade de água ingerida, bem como a quantidade de proteínas. Dos micronutrientes, os autores citam, em especial, zinco, cobre, ferro, selênio, vitaminas A, B, C, D e E. Além disso, o artigo aborda a importância de consumir alimentos risco em polifenóis, ômega-3 e tomar cuidado com o excesso de gordura, açúcar, álcool e cigarro. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Q10 e rugas

Mês passado, falei sobre a importância de alguns antioxidantes para melhorar a pele e diminuir o envelhecimento. Hoje, trago para vocês esse estudo realizado com mulheres de 40 a 65 anos de idade, no qual foi administrado placebo ou um suplemento contendo coenzima Q10 (50 mg), colágeno hidrolisado (4 g), vitamina C (80 mg), vitamina A (920 mcg) e biotina (150 mcg) por 12 semanas. Depois desse período, foram feitas análises que demonstraram que o suplemento diminui as rugas, aumentou a quantidade de colágeno na derme e melhorou a maciez da pele. Entretanto não foram observadas melhoras significativas na hidratação e nem na viscoelasticidade da pele. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada no seu caso!

Antioxidante e pele

Conforme os anos passam, nossa pele vai se modificando. Vários fatores contribuem para a piora da pele, deixando ela mais seca, com menos elasticidade, menos firmeza, mais rugas, etc. Uma das coisas de mais piora esse quadro de envelhecimento é o estresse oxidativo. Por outro lado, apostar em uma dieta antioxidante pode ajudar.  Em alguns casos, suplementos também podem ser interessantes. Nesse estudo publicado em 2020, os autores fizeram um suplemento antioxidante a avaliaram vários parâmetros relacionados com a pele. O suplemento tinha vitamina C, E, D, A, selênio, licopeno, luteína, extrato de Camellia sinensis (chá verde), extrato de Polipodium leucotomus e extrato de Vitis vinifera (uva). Esse suplemento foi administrado por 12 semanas em pessoas com 40-65 anos de idade. Após o período, foi observado que o suplementou aumentou a capacidade antioxidante da pele e melhorou a hidratação, o brilho e a elasticidade da pele. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Vitamina A e gestação

A gravidez é um período de necessidades nutricionais específicas para manter a saúde da mãe e do bebê. A vitamina A desempenha um papel importante na função ocular e no desenvolvimento ósseo. Além disso tem um efeito protetor na pele e mucosa, desempenha um papel vital na capacidade funcional órgãos reprodutivos, participa no fortalecimento do sistema imunológico, está relacionado ao desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial e é essencial para o normal desenvolvimento do embrião. Durante a gestação há um aumento na demanda por vitamina A, particularmente no terceiro trimestre por causa do desenvolvimento fetal acelerado nesta fase. Doses de retinol sérico abaixo de 0,70 µmol/L já sugere deficiência de vitamina A. As necessidades de vitamina A em gestantes é de cerca de 2.600 UI por dia. Mas o excesso também pode ocasionar problemas. Doses acima de 10.000 UI de vitamina A por dia está associado com risco de teratogenicidade, em especial nos primeiros 60 dias após concepção. Porém, recomenda-se evitar suplementação acima de 5.000 UI de vitamina A para grávidas. Mas lembre-se, esses valores de vitamina A tem que considerar alimentação e suplementação. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.