Vitamina D e câncer

O câncer é uma grande causa de morbilidade e mortalidade no mundo. Ano passado foram diagnosticados aproximadamente 18,1 milhões de novos casos de câncer e 9,6 milhões de pessoas morreram em decorrência de câncer. Dentre os fatores ambientais que podem influenciar no câncer, um destaque especial tem se dado a vitamina D. Vários estudos tem sugerido um potencial efeito anticâncer. De modo interessante, essa meta-análise publicada em 2019 avaliou o efeito do aumento dos níveis de vitamina D no sangue (25(OH)vitamina D) na diminuição de incidência de câncer e no risco de mortalidade. Após análises, foi observado uma diminuição de 7% no risco de incidência de câncer e uma diminuição de 2% no risco de mortalidade para cada 20 nmol/L (8 ng/ml) de aumento de 25(OH)vitamina D no sangue. Ou seja, ter níveis adequados de vitamina D no sangue é super importante.

Tratamento SOP

A síndrome do ovário policístico (SOP) é um problema que aumenta o risco de infertilidade, diabetes e doenças cardiovasculares nas mulheres. Sendo assim, melhorar os parâmetros da SOP é de extrema importância. Nesse ponto, várias estratégias não farmacológicas estão sendo estudadas, com destaque para atividade física, alimentação (em especial modulando o tipo de carboidrato), suplementos (como mioinositol, N-acetil-cisteína, vitamina D, ômega-3, etc) e intervenção comportamental. Alguns estudos demonstram que essas melhoram o controle glicêmico, sintomas de hiperandrogenismo (acne e hirsutismo), melhoram a composição corporal e podem auxiliar na questão da fertilidade. Porém, mais estudos ainda são necessários. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada para seu caso! E você já sabe que para ajustar a alimentação e avaliar os suplementos nutricionais, o Nutricionista é o profissional mais habilitado.

Vitamina D e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune caracterizada por inflamação em articulações, como dedos das mãos, punho, cotovelo, joelho, etc. Quando falamos em doenças autoimune sempre nos vem na cabeça a vitamina D. Mas o que temos de comprovação? Essa revisão publicada esse ano discute justamente o papel da vitamina D na artrite reumatoide. Após avaliar vários artigos, os autores colocam que a vitamina D pode regular a imunidade inata e adaptativa principalmente através da produção e diferenciação de linfócitos B e linfócitos T. Além disso, essa vitamina consegue diminuir a síntese de citocinas inflamatórias como IL-2, INF-γ e TNF-α. Essas propriedades imunomoduladoras da vitamina D a tornaram um fator importante em múltiplas condições autoimunes, incluindo a artrite reumatoide. Níveis séricos de vitamina D estão inversamente associados à suscetibilidade de desenvolver a doença, bem como com a complexidade da doença já instalada. Entretanto, ainda são necessários mais estudos investigando o papel da suplementação com vitamina D no tratamento de pessoas com artrite reumatoide. Mas o que se sabe é que manter níveis adequados nessa vitamina é bem importante. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

 

Nutrientes e epilepsia

A epilepsia é um distúrbio neurológico no qual a convulsão é o sintomas central. Porém, aproximadamente um terço dos pacientes com epilepsia são resistentes aos antiepilépticos e, portanto, necessitam de opções terapêuticas alternativas. Suplementos dietéticos e nutricionais podem, em alguns casos, auxiliar no tratamento desse problema. Mas, com exceção das dietas cetogênicas, não há considerações dietéticas oficialmente recomendadas para pacientes com epilepsia. Essa revisão de 2019 aborda os principais nutrientes que podem ser interessantes para auxiliar no tratamento da epilepsia, que são: ômega-3, vitamina D, vitamina E, vitamina C e vitamina B6. Esses nutrientes são os que mais tem estudos com epilepsia, o que não significa que outros nutrientes não sejam importantes. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina D e DII

As doenças inflamatórias intestinais (DII) são doenças crônicas caracterizadas por inflamação e a ulceração em todo o trato gastrointestinal. As duas principais formas de DII são a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Um dos nutrientes importantes para diminuir a inflamação é a vitamina D. Pacientes com DII parecem ter menos vitamina D do que pacientes controle. Mas quais seriam as ações da vitamina D nas DII? Essa revisão publicada agora em 2019 avaliou justamente isso. Após revisão vários artigos, os autores colocam que os principais benefícios da vitamina D são: regula a função da microbiota gastrointestinal; promove respostas anti-inflamatórias; e melhora respostas imunes tolerogênicas. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Dieta e esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória autoimune incurável que leva à desmielinização no sistema nervoso central. Essa doença afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. A maior parte das pessoas começarão com uma esclerose múltipla do tipo remitente-recorrente, onde as recaídas ou exacerbações são seguidas por perí­odos de recuperação. Em alguns casos, a doença segue um curso progressivo desde o início, sem momentos de recuperação. Como não tem cura, o tratamento farmacológico é baseado em sintomas e costuma ter vários efeitos colaterais. E ai entra a Nutrição. Algumas estratégias alimentares parecem melhorar a qualidade de vida desses pacientes, na tentativa de não evoluir a doença tão rápido. Embora ainda sejam necessários mais estudos, essa revisão de 2019 aborda os principais alimentos que devem ser evitados e aqueles que devem ser incluídos na alimentação. Após revisar 32 estudos, os autores colocam que os principais alimentos que devem ser diminuídos da dieta são: alimentos com gordura saturada, açúcar, leite e glúten. Por outro lado, deve-se aumentar o consumo de frutas, verduras, alimentos ricos em fibras, ômega-3 e vitamina D. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure um para orientá-lo melhor e analisar seu caso individualmente.

 

Vitamina D e enxaqueca

O verão chegou e as pessoas tendem a pegar mais sol. Embora o excesso de sol possa trazer prejuízos à saúde, em quantidade adequadas ele é importante para a síntese de vitamina D. Essa vitamina tem várias funções importantes do corpo e, sua deficiência, pode estar correlacionada com vários problemas. Nesse recente estudo foi avaliado os níveis de vitamina D em pacientes com enxaqueca. Após análises, foi observado que pacientes com enxaqueca tinham níveis menores de vitamina D do que pacientes controle. Porém, ainda faltam estudos avaliando se suplementar vitamina D e/ou aumentar a exposição solar podem trazer benefícios do tratamento da enxaqueca.

 

Intestino e fígado

O bom funcionamento intestinal e uma microbiota intestinal adequada são dois pontos que influenciam em vários órgãos, incluindo o fígado. De forma bem interessante, esse estudo de 2018 avaliou a relação da microbiota intestinal com marcadores envolvidos da cirrose hepática e hepatite. Primeiros os autores demonstraram que o número de Enterobacteriaceae, Enterococcus, Staphylococcus aureus e Saccharomyces estavam aumentados em pacientes com cirrose hepática e hepatite. Por outro lado, esses pacientes tinham níveis diminuídos de Lactobacillus, Bacteroides, Bifidobacterium e Clostridium. Além disso eles também observaram que os níveis de IL-17 estavam aumentados e de vitamina D diminuídos em pacientes. De forma interessante, os autores também demostraram algumas associações nos pacientes com cirrose hepática:

Enterobacteriaceae correlacionou-se positivamente com o tempo de protrombina;

Enterococcus correlacionou-se positivamente com os níveis de alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase;

Bifidobacterium correlacionou-se negativamente com a aspartato aminotransferase e fosfatase alcalina;

Bacteroides correlacionou-se negativamente com o nível de aspartato aminotransferase e com o tempo de protrombina.

Ou seja, a microbiota intestinal pode influenciar no funcionamento hepático. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina D e ansiedade

Transtornos psiquiátricos como a ansiedade são bem comuns entre as crianças e adolescentes com problemas renais. Nesse estudo pulicado e 2018 com crianças e adolescentes que estavam realizando diálise peritoneal ou hemodiálise foi observado que níveis baixos de 25(OH)vitamina D (≤ 15 ng/mL) foi associado com um maior risco (4,65 vezes) dessas crianças e adolescentes apresentarem ansiedade. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina D nos alimentos

Há nove resenhas de artigos aqui no Nutrir com Ciência relatando a importância da vitamina D, seja para prevenção, manutenção ou tratamento de diversas condições clínicas.

Sabemos que a forma predominante de obtermos vitamina D é através do sol. Mas com a proximidade do inverno e uma menor incidência de raios solares associada a uma menor exposição da nossa pele, sua produção diminui! Justamente na época em que seus estoques adequados (já descritos em nosso site) devem estar ideais, visto que sua carência está associada ao enfraquecimento das defesas do organismo, o que impacta em uma incidência maior de infecções respiratórias, como pneumonia e bronquite, comuns nessa época do ano.

Apesar da menor quantidade, também podemos encontrar vitamina D nos alimentos:

  • 100g de cavalinha grelhada = 352UI,
  • 100g de salmão grelhado = 284UI,
  • 100g de sardinha enlatada = 184 UI,
  • 100g de atum enlatado = 144 UI,
  • 100g de cogumelo shitake = 100 UI,
  • 100g de fígado de boi = 36 UI,
  • 1 ovo de galinha = 20 UI.
  • Leite e derivados e algumas frutas também são fonte, mas em quantidades muito pequenas.

Lembrando que, de maneira geral, a ingestão diária deve ser de, no mínimo, 400UI/dia. Sendo assim, outra solução a ser considerada é a suplementação, para isso procure orientação profissional de um nutricionista.

Por: Bruna Deolindo Izidro.