A enxaqueca é uma doença neurovascular que afeta cerca de 6% dos homens e 18% das mulheres. Mas você sabia que ela tem relação com a nutrição? A deficiência de alguns nutrientes pode piorar a enxaqueca, enquanto que a suplementação pode ajudar no tratamento ou profilaxia desse problema. E é justamente sobre isso que essa publicação desse ano discute! Após revisar diversos artigos, os autores colocam que os principais nutrientes para ajudar no tratamento e/ou evitar a enxaqueca são: magnésio, coenzima Q10, ácido lipoico, carnitina, vitamina B2, B3, B12 e vitamina D. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Category: Vitamina D
Vitaminas e autismo
Os transtornos de espectro autista (TEA) incluem vários transtornos relacionados com o desenvolvimento neurológico. Porém, os mecanismos fisiopatológicos ainda não são 100% entendidos e não existe um medicamento ideal! Por outro lado, várias questões nutricionais estão envolvidas! Esse artigo publicado em 2018 relacionou o papel de duas vitaminas em crianças com TEA. Após analisar mais de 300 crianças com TEA, os autores demonstraram que a deficiência de vitamina A e de vitamina D é mais prevalente nessas crianças do que nas crianças sem TEA. Além disso, as crianças que tinham deficiências das duas vitaminas ao mesmo tempo, tinham mais sintomas de TEA. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Depressão pós-parto
A depressão pós-parto afeta de 20-40% das mulheres após o nascimento do bebê. Mas você sabia que os níveis de vitamina D podem influenciar nisso? Essa revisão sistemática publica em 2018 coloca que níveis deficientes de vitamina D estão associados com maior risco de depressão pós-parto. Porém, ainda não se tem total clareza sobre a real ação da vitamina D, se o seu papel é na regulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, nos níveis de estradiol, no níveis de serotonina, na diminuição de citocinas inflamatórias ou por influenciar em outros pontos fisiopatológicos da depressão. Porém, manter níveis adequados dessa vitamina é muito importante! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!
Vitamina D na menopausa
Após a entrada na menopausa, a mulher tem um risco aumentado de desenvolver síndrome metabólica. A síndrome metabólica está associada com resistência à insulina, obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial, etc. Mas você sabia que o nível de vitamina D no seu corpo pode influenciar no risco de ter síndrome metabólica? Nesse estudo, após avaliar 463 mulheres na pós-menopausa, os autores demonstraram que as mulheres com insuficiência de vitamina D (valores sanguíneos de 25(OH)D < 30 ng/mL) tinham mais risco de ter síndrome metabólica quando comparado com as mulheres com níveis adequados de vitamina D (valores sanguíneos de 25(OH)D ≥ 30 ng/mL). Além disso, as mulheres com níveis mais baixos de vitamina D tinham níveis aumentados de colesterol total e de triglicerídeos e mais resistência à insulina. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.
Vitaminas e artéria
A rigidez arterial está associada com doenças cardiovasculares e morte. Pensando em prevenção, os autores desse estudo investigaram as principais vitaminas que podem ajudar a prevenir essas alterações nos vasos sanguíneos. As vitaminas protetoras que foram discutidas nesse trabalho foram: vitaminas A, B12, D, C, E e K. Dentre os mecanismos, destacam-se: melhora da função e endotelial (vitaminas A, D, C e E), efeitos metabólicos (A, B12, D, C, e K), inibição do sistema renina angiotensina aldosterona (vitamina D), efeito anti-inflamatório (vitaminas A, D, E e K), efeito antioxidante (vitaminas A, C e E), diminuição da homocisteina (vitamina B12) e reversão da calcificação das artérias (vitamina K). Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!
Vitamina D e rinite
A vitamina D é um assunto recorrente aqui no Nutrir com Ciência, mostrando seu envolvimento em várias funções e doenças. Agora vejam que estudo interessante: foi investigado se existe alguma relação da vitamina D com rinite alérgica. Após analisar pessoas com e sem rinite alérgica, os autores demostraram que embora os níveis totais de 25(OH)vitamina D não diferiam entre os grupos, nas pessoas com rinite alérgica, os níveis de 25(OH)vitamina D era inversamente associado aos níveis de eosinófilos (um dos tipos de células brancas do sangue que está associada à alergias). Ou seja, isso sugere um possível envolvimento, embora os exatos mecanismos ainda precisam ser mais estudados. Vale destacar que o estudo não fez nenhuma intervenção. Dessa forma, ainda não podemos afirmar nada… Mas vale a pena ficarmos atentos as próximas publicações!
Dose ideal de vitamina D
Todos sabemos que a vitamina D é essencial para a saúde óssea, o equilíbrio de cálcio, e mais que isso, exerce várias funções extra esqueléticas já bem descritas, como modulação da imunidade. Os alimentos ocupam somente 20% das fontes de vitamina D, o restante fica sob responsabilidade da radiação UVB, porém, é necessário lembrar que a mesma radiação que produz vitamina D, também é carcinogênica, e causa danos ao DNA. Associado a este fato, hoje em dia existem vários consensos de diferentes sociedades científicas sobre níveis plasmáticos ideais de vitamina D. Conforme os dados publicados na Nature na última sexta-feira (07/04/2017), existe um consenso entre as referências citadas na publicação, que crianças devem receber 400 UI/dia durante o primeiro ano de vida, e os idosos devem ter acesso à suplementação de vitamina D nas dosagens de 400-800 UI/ dia. Crianças e adultos que tem exposição solar limitada devem receber suplementação, mas as orientações de doses encontradas nas referências do artigo variam entre 200 – 2000 UI/dia. Além disso, concentrações plasmáticas de 25(OH)D (marcador do status de vitamina D) abaixo de 10 ng/mL devem ser evitadas em todas as idades, e entre todas as referências citadas pelo estudo existe uma grande variação de concentração ideal, que variam entre 10-40 ng/mL. Conforme visto na figura, a maior parte dos estudiosos consideram o valor adequado de 25(OH)D acima de 30 ng/mL. Por outro lado, valores acima de 100 ng/mL podem trazer toxicidade. Vale destacar que estamos falando de indivíduos saudáveis e que esse valor pode mudar de acordo com algumas patologias. Lembre-se, antes de tornar essas e outras informações um senso comum, consulte o seu nutricionista!
Deficiência de vitamina D
Nos últimos anos observamos uma preocupação maior com os níveis plasmáticos de vitamina D, e consequentemente uma detecção maior de deficiências dessa vitamina, inclusive em populações que mantém uma exposição adequada à radiação ultravioleta B. Atualmente existe um direcionamento de esforços entre a população acadêmica em encontrar fatores de risco para a deficiência de vitamina D, tendo em vista que está vitamina exerce funções extra esqueléticas muito importantes, como manutenção da homeostase glicêmica e imunológica. Sabendo disso, este estudo publicado em janeiro de 2017 observou a prevalência da deficiência de vitamina D e fatores associados em 1088 idosos no México. Observaram deficiência desta vitamina associada com sexo feminino, inatividade física, níveis de hemoglobina glicada (usada para avaliar a média da glicemia dos últimos 3 meses) e fumo. Procure um nutricionista para uma correta suplementação de vitamina D, e acompanhamento dos seus metabólitos plasmáticos!
Vitamina D e insulina
A manutenção dos níveis plasmáticos de vitamina D tem sido relacionada com vários efeitos benéficos a saúde, como modulação imunológica, regulação da pressão arterial sistêmica, e controle glicêmico. Estes efeitos extra esqueléticos da vitamina D ocorrem pois há receptores de vitamina D (VDR) distribuídos em várias células, em diferentes órgãos do nosso corpo. Sabendo disso, alguns pesquisadores observaram a manutenção sazonal da glicemia de alguns pacientes diabéticos e, relacionaram esse efeito, a manutenção dos níveis plasmáticos da Vitamina D. Atualmente já se sabe que concentrações plasmáticas ideais de vitamina D auxiliam na secreção da insulina e modulam a sensibilidade periférica desse hormônio, fazendo com que ele exerça melhor a sua função. Dessa forma, ter níveis adequados de vitamina D (através de suplementação ou da exposição solar) é importante para a manutenção da glicemia! Vale destacar que a insulina também consegue agir nos rins, estimulando a formação da vitamina D na forma ativa (1,25(OH)2D3). Consulte o seu nutricionista e converse com ele sobre sua concentração plasmática de Vitamina D e se você tem a necessidade de ser suplementado!