SOP e nutrição

Se você me acompanha a mais tempo, já viu vários postes falando sobre alguns aspectos nutricionais para auxiliar no tratamento da síndrome do ovário policístico (SOP). Já teve post por aqui falando sobre a importância da alimentação e sobre vários nutrientes e substâncias que podem auxiliar no tratamento, como probióticos, cromo, magnésio, coenzima Q10, ácido lipoico, curcumina, mioinositol, entre outros. Vale lembrar que a SOP é a doença endocrinológica mais prevalente nas mulheres em idade reprodutiva e que pode aumentar o risco de vários outros problemas. Por isso, melhorar a fisiopatologia é muito importante. E a nutrição pode ajudar muito nisso. Nessa revisão agora de 2021 os autores abordam alguns nutrientes e substâncias nutricionais que podem auxiliar no tratamento de mulheres com SOP. Os autores destacam o papel do mioinositol, resveratrol, flavonoides, vitaminas E, C, D e ômega-3. Porém, vale lembrar que existem outros nutrientes e substâncias importantes e que ajustar a alimentação também é essencial. Por isso, procure um Nutricionista para avaliar quais estratégias são mais interessantes no seu caso.

Pele e alimentação

O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo, que sofre influência de fatores internos e externos. Enquanto alguns hábitos alimentares contribuem para melhorar a saúde da pele, outros podem estimular o envelhecimento. E é sobre isso que essa revisão aborda. Os autores colocam que para melhorar a pele, é importante ajustar a quantidade de água ingerida, bem como a quantidade de proteínas. Dos micronutrientes, os autores citam, em especial, zinco, cobre, ferro, selênio, vitaminas A, B, C, D e E. Além disso, o artigo aborda a importância de consumir alimentos risco em polifenóis, ômega-3 e tomar cuidado com o excesso de gordura, açúcar, álcool e cigarro. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Antioxidante e pele

Conforme os anos passam, nossa pele vai se modificando. Vários fatores contribuem para a piora da pele, deixando ela mais seca, com menos elasticidade, menos firmeza, mais rugas, etc. Uma das coisas de mais piora esse quadro de envelhecimento é o estresse oxidativo. Por outro lado, apostar em uma dieta antioxidante pode ajudar.  Em alguns casos, suplementos também podem ser interessantes. Nesse estudo publicado em 2020, os autores fizeram um suplemento antioxidante a avaliaram vários parâmetros relacionados com a pele. O suplemento tinha vitamina C, E, D, A, selênio, licopeno, luteína, extrato de Camellia sinensis (chá verde), extrato de Polipodium leucotomus e extrato de Vitis vinifera (uva). Esse suplemento foi administrado por 12 semanas em pessoas com 40-65 anos de idade. Após o período, foi observado que o suplementou aumentou a capacidade antioxidante da pele e melhorou a hidratação, o brilho e a elasticidade da pele. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Nutrientes e epilepsia

A epilepsia é um distúrbio neurológico no qual a convulsão é o sintomas central. Porém, aproximadamente um terço dos pacientes com epilepsia são resistentes aos antiepilépticos e, portanto, necessitam de opções terapêuticas alternativas. Suplementos dietéticos e nutricionais podem, em alguns casos, auxiliar no tratamento desse problema. Mas, com exceção das dietas cetogênicas, não há considerações dietéticas oficialmente recomendadas para pacientes com epilepsia. Essa revisão de 2019 aborda os principais nutrientes que podem ser interessantes para auxiliar no tratamento da epilepsia, que são: ômega-3, vitamina D, vitamina E, vitamina C e vitamina B6. Esses nutrientes são os que mais tem estudos com epilepsia, o que não significa que outros nutrientes não sejam importantes. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Tocotrienol e osso

A osteoporose é uma doença esquelética caracterizada pela diminuição da massa óssea, deterioração da microarquitetura e comprometimento da força óssea, podendo afetar homens e mulheres. Diversos estudos demonstram o benefício de estratégias nutricionais para melhorar a qualidade do osso e diminuir o risco de osteoporose. Nessa revisão publicada em 2019, os autores abordam o possível papel do tocotrienol (uma das formas da vitamina E – presente em óleos vegetais, vegetais verdes escuros, abacate, sementes, oleaginosas, farelo de arroz, etc) na prevenção da osteoporose. Pelo menos em animais, o tocotrienol mostra-se eficaz em prevenir a perda de massa óssea ocasionada por diversos modelos animais diferentes. Em relação aos possíveis mecanismos, se destaca o papel do tocotrienol em diminuir inflamação e estresse oxidativo e regular a via do mevalonato (que forma substâncias envolvidas no remodelamento ósseo). Isso tudo iria ajudar a diminuir a ação do osteoclasto (células que faz a desmineralização óssea). Porém, os próprios autores colocam que ainda é necessário mais estudos em humanos para analisar melhor os efeitos e as doses que seriam necessárias. Por isso, lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Parkinson, ômega-3 e vitamina E

A doença de Parkinson é uma desordem progressiva que se relaciona com sintomas motores (como bradicinesia, rigidez e tremor) e sintomas não motores (como depressão e problema cognitivo). Dentre vários fatores associados com a fisiopatologia, destaca-se o papel do estresse oxidativo e da inflamação. Estudos tem sugerido que modular PPAR-γ gere um efeito neuroprotetor no estresse oxidativo, apoptose e neuroinflamação na doença de Parkinson. Nesse estudo publicado em 2019, foi avaliado o efeito da suplementação com ômega-3 (1000 mg) e vitamina E (400 UI) ou placebo por 12 semanas em marcadores inflamatórios e no PPAR-γ de pacientes com doença de Parkinson. Após tratamento, observou-se que os pacientes que receberam a suplementação com ômega-3 e vitamina E tiveram uma diminuição na expressão gênica do TNF-α (associado com inflamação), aumentaram a expressão do PPAR-γ e diminuíram a expressão do receptor da LDL oxidada. Ou seja, a suplementação melhorou parâmetros associados à inflamação e estresse oxidativo, o que poderia repercutir em benefícios para os pacientes com doença de Parkinson. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

SOP, Q10 e vitamina E

Já fiz alguns postes mostrando a relação de estratégias nutricionais que auxiliam no tratamento das mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP). Nesse trabalho publicado mês passado, os autores avaliaram o efeito da coenzima Q10 sozinha ou associada com vitamina E nas respostas hormonais e metabólicas de mulheres com SOP. Para isso, os autores suplementaram 200 mg de coenzima Q10 ou 400 UI de vitamina E ou as duas estratégias associadas ou placebo por 8 semanas. Após esse período, observou-se que as mulheres que suplementaram coenzima Q10 reduziu a glicemia em jejum e diminuiu a resistência à insulina (diminuiu o HOMA-IR). Coenzima Q10 sozinha, vitamina E sozinha ou a associação de ambas diminuiu os níveis de testosterona. Por outro lado, somente quando as pacientes receberam a associação de coenzima Q10 e vitamina E é que melhoraram os níveis de SHBG. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!