Suplementos e diabetes gestacional

Essa semana estou falando sobre o diabetes gestacional. Terça-feira mostrei um estudo falando do impacto de bebidas no risco de desenvolver diabetes durante a gestação. O estudo que trago hoje é uma meta-análise que investigou o papel de vários suplementos nutricionais na capacidade de diminuir o estresse oxidativo em mulheres com diabetes gestacional. O diabetes gestacional pode piorar o estresse oxidativo nas mulheres grávidas, o que pode trazer várias consequências. Por isso, pensar em estratégias para diminuir esse estresse oxidativo é bem interessante. E essa meta-análise agora de 2021 demonstrou que vários suplementos conseguem fazer isso, que foram: vitamina D, vitamina D + cálcio, ômega-3 + vitamina E, magnésio + zinco + cálcio e probióticos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista. Ele vai avaliar o seu caso e identificar o que você deve ou não suplementar.  Por fim, vale a pena destacar que suplementar não elimina a necessidade de fazer ajustes na alimentação. A alimentação continua tendo o papel mais importante quanto falamos de diabetes gestacional.

Nutrição e inflamassoma

Inflamassomas são complexos de proteínas intracelulares que se formam em resposta a uma variedade de sinais de estresse. Eles servem para catalisar a conversão proteolítica de pró-interleucina-1β e pró-interleucina-18 em interleucina-1β ativa e interleucina-18, mediadores centrais do processo inflamatório. Inflamassomas também podem promover um tipo de morte celular conhecido como piroptose. Uma ativação exagerada desses infamassomas podem estar presentes em várias doenças, incluindo aterosclerose, diabetes, doenças autoimunes, doenças neurológicas, COVID-19, entre outras. Por isso, diminuir a ativação desse inflamassoma pode ser interessante. Nessa revisão agora de 2021 os autores abordam algumas estratégias nutricionais que pode auxiliar na diminuição da ativação dos inflamassomas. Dentre essas estratégias, os autores destacam o papel do ômega-3, N-acetil-cisteína (NAC), taurina, berberina, zinco, lipoico e melatonina (OBS: melatonina é um hormônio e não pode ser prescrito por nutricionista). Mas isso não significa que todas as pessoas precisam usar tudo isso e que não existam outras estratégias que também funcionam. Por isso lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Dieta e intestino

As doenças inflamatórias intestinais (DII) como colite ulcerativa e doença de Crohn são caracterizadas por inflamação crônica recorrente e remitente do trato gastrointestinal. Uma das questões que age direto no intestino é a alimentação. Alguns alimentos podem impactar de forma benéfica, enquanto outros podem ser prejudiciais. Nessa revisão agora de 2021 os autores abordam justamente sobre isso. Os autores colocam 3 principais mecanismos de ação pela qual a alimentação pode impactar nas DII: modulam a microbiota, influenciam na permeabilidade e funcionamento intestinal e modulam o sistema imune. Dos alimentos ou estratégias que trazem benefícios, os autores dão destaque para: aumento de fibras, alimentos com ômega-3, alimentos com vitamina D, alimentos com zinco. Além disso, uma dieta com baixo FODMAP parece ajudar no alívio de sintomas. Por outro lado, os autores também citam alguns alimentos que parecem piorar DII como: açúcares e refrigerantes, alta ingestão de ômega-6 e gordura saturada, emulsificantes (aditivos alimentares que melhoram textura dos alimentos industrializados), glúten e excesso de carnes vermelhas. Porém, vale lembrar que mais estudos são necessários e que individualidade é muito importante. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Zinco e reprodução

Que o zinco é importante para a fertilidade masculina isso já sabemos há muitos anos. Mas hoje, também sabemos que o zinco é importante para o sistema reprodutor feminino. Na deficiência de zinco ocorre aumento de inflamação, estresse oxidativo, piora de controle glicêmico e anormalidades ovarianas. E isso são fatores que afetam a reprodução de mulheres. Além disso, temos alguns estudos mostrando benefícios do zinco na melhora de cólicas menstruais, sintomas de TPM, melhora de parâmetros da síndrome do ovário policístico (em especial naquelas que tem resistência à insulina e alterações lipídicas).  Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Então antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Micronutrientes e gestante

Os micronutrientes são importantes para a saúde da gestante e do bebê. Ajustar micronutrientes pode ajudar a reduzir o risco de morbimortalidade materna e infantil e diminuir as complicações relacionadas à gravidez. Mas excesso de micronutrientes também não é interessante. Nesse estudo publicado em 2020, os autores avaliaram o status de selênio, zinco e manganês e o risco de complicações maternas e para o bebê. Após análises foi observado que baixo status de selênio e zinco e excesso de manganês estão associados a mais risco de complicações maternas e nos bebês. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Pele e alimentação

O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo, que sofre influência de fatores internos e externos. Enquanto alguns hábitos alimentares contribuem para melhorar a saúde da pele, outros podem estimular o envelhecimento. E é sobre isso que essa revisão aborda. Os autores colocam que para melhorar a pele, é importante ajustar a quantidade de água ingerida, bem como a quantidade de proteínas. Dos micronutrientes, os autores citam, em especial, zinco, cobre, ferro, selênio, vitaminas A, B, C, D e E. Além disso, o artigo aborda a importância de consumir alimentos risco em polifenóis, ômega-3 e tomar cuidado com o excesso de gordura, açúcar, álcool e cigarro. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Fadiga em idoso

É muito comum idosos sentirem fadiga / cansaço. E isso pode ser ocasionado por diversas questões, incluindo deficiências nutricionais. E essa revisão fala justamente disso, de nutrientes importantes para ajudar na melhora da fadiga. Os autores colocam sobre a importância de ajustar na alimentação a quantidade de proteína e de ácidos graxos essenciais. Além disso, deficiências de algumas vitaminas, minerais e eletrólitos poderiam piorar a fadiga, por isso, é importante avaliar, em especial, vitamina C e as vitaminas do complexo B, sódio, magnésio e zinco. Por fim, os autores também colocam que carnitina, triptofano e coenzima Q10 também poderiam ser interessantes. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! A conduta sempre deve ser feita de forma individualizada.

 

Zinco e TPM

A tensão pré-menstrual (TPM) é uma ampla gama de sintomas físicos e psicológicos cíclicos que muitas mulheres experimentam durante a idade reprodutiva. Nós mulheres sofremos e, os homens, indiretamente, também sofrem (hehe). Existem várias estratégias nutricionais que podem ajudar a aliviar os sintomas da TPM. Uma delas é o zinco!! Nesse estudo publicado agora esse ano, os autores avaliaram os efeitos da suplementação de zinco em vários aspectos associados à TPM. Para isso, foi suplementado 30 mg de zinco ou placebo por 12 semanas. Após esse período, as mulheres que receberam zinco melhoraram os sintomas físicos e psicológicos da TPM, além de aumentarem a TAC (capacidade antioxidante total) e os níveis de BDNF (fator neurotrófico derivado do encéfalo) – que está diminuído em pacientes com TPM. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Zinco e diabetes

A diabetes é uma doença que vem crescendo no mundo todo. E diversos nutrientes parece influenciar no desenvolvimento da diabetes. Um deles é o zinco. Porém, ainda existem dados controversos. Essa meta-análise publicada em 2019 avaliou o zinco na alimentação, zinco suplementar e o zinco sérico/plasmático em pacientes com diabetes. Após análises, foi demonstrado que um aumento na ingestão do zinco na dieta está associado a um menor risco de debates. Já a suplementação com zinco não parece ter o mesmo efeito benéfico. Por outro lado, a concentração elevada de zinco sérico/plasmático foi associada a um risco aumentado de diabetes em 64%, sugerindo distúrbios na homeostase do zinco. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Minerais e alopecia

A alopecia areata é um tipo de alopecia não cicatricial e, embora seja considerada uma doença autoimune, o estresse oxidativo desempenha um papel bem importante na fisiopatologia desse tipo de queda de cabelo. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram os níveis séricos de vários minerais e metais pesados (zinco, manganês, ferro, cadmio, magnésio, chumbo, cobalto e cobre) em 30 pacientes com alopecia areata e compararam com 31 pacientes saudáveis. Após análises, foi visto que os pacientes com alopecia areata tinham níveis diminuídos de zinco e manganês (que possuem atividade antioxidantes) e níveis aumentados de cadmio, ferro, magnésio, chumbo, cobalto e cobre. Porém, vale destacar que o estudo foi pequeno e que mais estudos são necessários. Por isso, lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!