O magnésio é um mineral que é cofator para mais de 300 enzimas do nosso corpo. Por isso, não é de se estranhar que ele está envolvido em várias funções do organismo. O primeiro relato de associação de magnésio para o tratamento de hipertensão arterial (pressão alta) foi em 1925. Porém, alguns estudos subsequentes falharam em demonstrar essa associação. Hoje, temos vários estudos bem conduzidos e várias meta-análises avaliando o papel do magnésio na prevenção e tratamento da pressão arterial. Essa revisão de 2021 revisa justamente esses artigos, bem como os possíveis mecanismos de ação. Analisando os estudos em humanos observa-se que pessoas com baixa ingestão de magnésio ou baixa quantidade de magnésio sérico têm maior risco de desenvolver hipertensão arterial. Além disso, temos algumas meta-análises que já demonstram que a suplementação com magnésio pode ajudar a diminuir a pressão arterial. Pensando em mecanismos de ação, os mais importantes, de acordo com os autores são: magnésio auxilia na regulação do tônus e contração vascular, diminui resistência à insulina (que é comum em pacientes com hipertensão) e diminui inflamação e estresse oxidativo. Vale destacar que o papel do magnésio no controle do tônus e contração vascular pode ser devido a vários motivos, incluindo: antagonismo ao cálcio, melhora de função endotelial, modulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, possível diminuição da secreção de catecolaminas e diminuição da calcificação vascular. Ou seja, ajustar a ingestão dietética de magnésio é muito importante. Em alguns casos, a suplementação também será necessária. Mas isso, apenas um profissional poderá avaliar melhor o seu caso. Procure um nutricionista! Ele é o profissional que mais entende sobre nutrientes.